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Momento político impõe a reindustrialização, diz Ricardo Alban

O atual presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Ricardo Alban, assumirá as rédeas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no mês de outubro para um mandato de quatro anos. Ele afirmou que levará adiante o trabalho que a CNI já desenvolve e as entregas que tem feito até aqui, tratando de convergir o verdadeiro interesse das indústrias no Brasil.

O futuro presidente da CNI ressaltou que o Brasil está em um momento político que impõe a reindustrialização, agora chamada de neoindustrialização. Segundo Alban, sua primeira ação específica será manter a evolução do que existe e trabalhar com prioridades. Quer identificar as necessidades dos setores industriais e, depois, convergir com as do governo.

“Nós temos que fazer um grande movimento de convergência para que possamos ter um processo de convencimento e de esclarecimento que destaque as vantagens competitivas da indústria brasileira”, disse, em entrevista à Revista da Indústria Brasileira.

Ele enfatizou que a política industrial tem que ser focada em várias vertentes, sendo uma delas o estímulo à indústria, incluindo o apoio àquelas que, por algum motivo, têm efetivas vantagens competitivas para disputar os mercados brasileiro e global.

Logo, serão mapeadas ações que permitam usar escassos recursos físicos e financeiros para priorizar e dar as respostas mais imediatas possíveis.

Alban frisou que a indústria de manufatura precisa aproveitar essa onda mundial da sustentabilidade, das energias limpas, da descarbonização, e usar a grande vantagem competitiva termos de energias renováveis, de descarbonização e de produção de hidrogênio verde. 

“Nós vamos começar descarbonizando as nossas indústrias para que possamos agregar valor, para que elas conquistem espaço no mercado internacional de produtos manufaturados antes que lá fora façam o mesmo. Podemos ser um grande hub de exportação de energia renovável, tendo o hidrogênio verde como uma das principais vertentes”, disse. 

Sobre as expectativas para a reforma tributária ele disse que há um grande equívoco quando se fala que a reforma tributária vai onerar o setor A, B ou C e desonerar ou diminuir a oneração de D, E ou F. “Na verdade, quem paga impostos é o consumidor”, frisou. 

Os setores produtivos são agentes recolhedores dos impostos. É preciso primeiro entender essa lógica. Não é uma lógica de onerar o serviço um pouco mais ou a agricultura. Mas é natural que a indústria reivindique a diminuição da sua carga tributária porque, claramente, ela é pesada demais. Precisamos tirar as miopias de cada setor, sabendo que cada um tem que defender seus interesses”, finalizou. 

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Granorte aposta em estratégias para preservar o meio ambiente

Coleta seletiva, implantação de dispositivos de umectação no processo de britagem para minimizar a aspersão de material particulado, monitoramento ambiental de ruído e realização de oficinas de reciclagem são algumas das estratégias utilizadas na Granorte para preservar o meio ambiente.
“Nós temos uma preocupação constante quanto a esse aspecto, uma vez que somos compromissados com o meio ambiente”, afirma a coordenadora administrativa da empresa, Marynalda Ferreira da Silva.

Marynalda afirma que há uma preocupação com a coleta e destinação dos resíduos sólidos, umectação de vias internas e no que diz respeito ao processo de britagem. Dentro dessa filosofia de preservação do meio ambiente, a empresa também promove palestras de conscientização sobre o uso dos recursos naturais, coleta seletiva e, além disso, realiza oficinas de reciclagem visando ao melhor uso dos resíduos gerados e à viabilização de possível geração de renda para a comunidade.

A conquista do ISO 14001 (selo relacionado à gestão ambiental), de acordo com a coordenadora, fortaleceu ainda mais o compromisso da Granorte com o gerenciamento de seus resíduos. “Nós construímos, por exemplo, uma central de resíduos que armazena temporariamente o material por tipologia para posterior destinação final em parceria com empresas licenciadas. No que diz respeito a alguns resíduos, como baterias e pneus, nós adotamos a prática da logística reversa, ou seja, fazendo o retorno eficiente e sustentável dos materiais já utilizados na cadeia produtiva”, destaca Marynalda Silva.

A empresa também investe em energia limpa por meio da migração ao Mercado Livre, um ambiente de negociação onde consumidores de grande porte podem comprar energia diretamente de um gerador, ao invés de adquirir da concessionária. Com essa estratégia, reduz o impacto ambiental e economia em cerca de 20% nos custos com energia.

“São mais de 50 motores elétricos de diferentes potências em operação diariamente. Logo, temos uma solução de energia limpa e ainda favorece nosso desempenho financeiro”, explica Pedro Salgueiro, da Diretoria de Marketing da Granorte

Pedro acrescenta que há uma preocupação de toda a empresa com relação ao que se pode fazer para preservar o planeta. “Nós observamos que as empresas do setor de construção civil e áreas afins estão cada vez mais adequando seus projetos e obras com o propósito da harmonia social, resgate da natureza e outros males. São ações de suma importância e nós fazemos a nossa parte aqui na Granorte”, finaliza Pedro Salgueiro.

10 formas de minimizar os impactos ambientais da sua empresa

1. Faça uma correta gestão dos seus resíduos. É preciso saber como coletar, armazenar, transportar, tratar e dar a devida destinação ao lixo da empresa.
2. Adote a coleta seletiva dos resíduos.
3. Reduza o consumo de papel. Lembre-se, inclusive, que a transformação digital é a porta de entrada para a Indústria 4.0. Digitalizar os processos e documentos traz eficiência, agilidade, produtividade e economia.
4. Recicle o que for possível reciclar.
5. Reduza a conta de água e de energia elétrica. Os resultados da empresa agradecerão, e a natureza também.
6. Faça uso da logística reversa, ou seja, recolha e reutilize, quando possível, produtos e materiais que tiverem o ciclo produtivo encerrado.
7. Embalagens descartáveis? Substitua-as por refis recicláveis.
8. Copinhos de café e água nunca mais! Distribua canecas de louça para cada colaborador tomar seu café e sua água sem agredir o meio ambiente.
9. Incentive os colaboradores a usarem meios de transporte alternativos, como bicicletas. É preciso contar com uma determinada infraestrutura para isso. Aqueles que aderirem podem ser recompensados (e isso não gera custo porque não será preciso utilizar vale-transporte).
10. Opte por parceiros que adotem a mesma política e optem por insumos recicláveis e não poluentes.

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Dicas para economizar na reforma

Reformar a casa, o apartamento ou outro espaço de moradia ou de trabalho é um desejo de grande parte da população brasileira. Para auxiliar quem está nessa jornada, listamos cinco dicas para quem deseja mudar e economizar neste processo:

Planejamento adequado

É de suma importância planejar tudo detalhadamente, buscando incluir as etapas da reforma, mão de obra necessária e materiais adequados. Assim, será possível ter um controle efetivo do orçamento

e evitar surpresas desagradáveis ao término.

Não mude de ideia. Siga o projeto estabelecido

Muitas das vezes, ao longo da reforma, surgem ideias que podem parecer boas na hora, mas que podem impactar significativamente no orçamento. Mantenha o foco no projeto estabelecido e evite mudanças desnecessárias que possam aumentar os gastos.

Escolha dos materiais

É uma das etapas mais importantes na reforma. É preciso levar em consideração a qualidade, a durabilidade e o custo. Os de baixa qualidade podem resultar em problemas no futuro, enquanto escolher materiais muito caros pode impactar negativamente no orçamento.

Evitar desperdício

A tinta é um item essencial em uma reforma. Por isso, é importante evitar o desperdício e calcular com precisão a quantidade necessária. Além disso, é importante usar uma boa técnica de aplicação para garantir uma boa cobertura e evitar o desperdício. Caso não tenha a destreza para aplicar a tintura, contrate um profissional capacitado.

Calcule de forma mais precisa os materiais necessários

É importante calcular a quantidade certa de materiais necessários para evitar o desperdício e o excesso de compras. Caso não tenha realizado uma reforma antes, conte com a ajuda de uma ferramenta que possa calcular para vocês esses materiais que deseja em seu projeto. Seguir essas dicas é uma ótima maneira de economizar na reforma da sua casa e garantir um resultado satisfatório sem ultrapassar o orçamento estabelecido.

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Melhoram expectativas da construção civil

Divulgada nesta sexta-feira, 24/02, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Sondagem Indústria da Construção de janeiro aponta um movimento de queda no nível de atividade e no nível de emprego na construção civil, de novembro de 2022 até janeiro de 2023, mas as expectativas melhoram.

Segundo os economistas, essa queda é um movimento sazonal para o período. Em janeiro, o resultado é igual à sua média mensal.

Seja a média mensal do trimestre móvel de novembro a janeiro, seja somente o mês de janeiro, os resultados estão dentro de uma média histórica e podem ser atribuídos em grande parte pelo movimento sazonal do setor.

Pela pesquisa, as expectativas surpreenderam, pois apresentaram avanço expressivo em relação à queda. A confiança registrou recuperação de janeiro para fevereiro, bem como a intenção de investimento, após o recuo desses indicadores, que predominou nos últimos meses de 2022.

Além disso, embora os empresários do setor mostrem preocupação com a situação atual da economia brasileira, há uma percepção de melhora associada às condições da empresa para os próximos meses.

Todos os indicadores de expectativas subiram entre 4 e 5 pontos, voltando a atingir o campo otimista. Os empresários estão animados para novos lançamentos, geração de emprego, nível de atividade e para a compra de insumos.

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“Indústria maranhense está otimista com novo cenário local”, diz Cláudio Azevedo

Estimular a integração das cadeias produtivas e contribuir para um ambiente de negócios mais favorável é uma das funções do Centro das Indústrias do Estado do Maranhão (CIMAR), atualmente sob o comando do empresário Cláudio Azevedo, vice-presidente executivo da Fiema. Nesta entrevista, o presidente da entidade fala sobre as estratégias para 2023, entraves que ainda dificultam o desemprenho das empresas locais fronteira agrícola,  invasões de terras, entre outros assuntos.

 

Em resumo, quais as estratégias do Centro das Indústrias do Estado do Maranhão para alavancar o desenvolvimento econômico local em 2023, exatamente após um período pandêmico?

O Centro das Indústrias do Maranhão tem trabalhado constantemente na atração de investimentos para o estado, fomentando o fortalecimento das cadeias produtivas e estimulando parcerias entre nossas empresas associadas e, também, grandes empresas que têm o desejo de estabelecer negócios no Maranhão. É finalidade principal do CIMAR, além de representar o interesse de seus associados, a expansão e promoção da atividade industrial, articulando ações e estimulando a competitividade no setor produtivo maranhense.

 

Quais seriam os principais gargalos que ainda atrapalham o desempenho da indústria maranhense em relação aos outros estados do Nordeste?

A indústria maranhense está bastante otimista com o novo cenário local, pós-eleições estaduais. O nosso estado ainda sofre bastante com a burocratização na obtenção de licenças, sejam elas ambientais, sanitárias ou de operação, o que tem dificultado o desempenho das nossas indústrias, além de gargalos logísticos que são históricos no Maranhão. Algumas questões como invasões de terras e de plantas industriais também tem nos preocupado, mas o CIMAR tem trabalhado ativamente para amenizar esses gargalos junto aos entes públicos e em parceria com a Fiema e seus conselhos temáticos.

 

Como se dá o papel do Cimar na criação da nova fronteira agrícola de grãos na região central do Maranhão?

O CIMAR, seguindo seu propósito de estimular a integração de cadeias produtivas e contribuir para um ambiente de negócios mais favorável a seus associados e ao setor produtivo maranhense, foi peça fundamental na articulação do estabelecimento da GEE S/A (Antiga RISA) em Barra do Corda, inserindo definitivamente o município na rota do agronegócio. Serão realizados investimentos nos segmentos de agricultura, fertilizantes, máquinas, defensivos, logística e trading, e nós, do Centro das Indústrias, promovemos, além do apoio na chegada da empresa à cidade, também o encontro dos investidores com o poder público local. Não podemos entrar em detalhes ainda, mas essa parceria gerará grandes frutos para a região central do nosso estado.

 

Quais os planos da entidade para auxiliar os associados nas mais diversas áreas, incluindo as de responsabilidade social, meio ambiente e crédito?

O CIMAR, como uma entidade que faz parte do Sistema Fiema, oferece a seus associados a possibilidade de usufruir de serviços da mais alta qualidade como o NAC (Núcleo de Acesso ao Crédito), que tem como objetivo ampliar o acesso ao crédito para as micro, pequenas e médias empresas. Participamos, também, do Conselho Temático do Meio Ambiente, onde discutimos as pautas ambientais no âmbito estadual e federal, colaborando com a sociedade e os entes governamentais e orientando nossos associados, e do Conselho Temático de Assuntos Legislativos, onde discutimos pautas legais de interesse do setor produtivo maranhense.

 

Quais as ações da entidade no que diz respeito a incidentes como invasões de terras, principalmente do segmento da siderurgia, celulose e mineração?

Infelizmente, nos últimos meses, temos acompanhado e testemunhado incidentes de invasões de terras no interior do nosso estado, e temos sido procurados para intermediar as negociações entre as empresas e o poder público, com bastante êxito, como podemos acompanhar pelas notícias da mídia. Tentamos sempre buscar uma solução conciliatória e equilibrada, pois entendemos que há sempre um contexto por trás de todas as ações que são tomadas. O CIMAR tem atuado junto ao setor produtivo como representante de seus interesses e defendendo o direito à propriedade de nossas indústrias, reconhecendo e exaltando o papel essencial que todas elas têm no desenvolvimento do Maranhão, na geração de emprego, renda, riquezas e pela grande contribuição tributária que todas elas geram para o erário estadual.

 

Quais suas considerações finais?

É importante salientar que somos uma entidade apartidária e sem fins lucrativos, que atua representando o interesse dos nossos associados com foco na expansão e promoção da atividade industrial no Maranhão. O CIMAR, apesar de criado em 1967, foi reativado em 2022 e já conta com dezenas de grandes indústrias, agroindústrias e empresas em seu quadro de associados, discutindo diariamente temas do interesse do Maranhão, participando de grupos de trabalho e conselhos com o objetivo de estimular o crescimento local com foco global, acreditando que temos potencial para nos tornarmos referência no Brasil e no mundo, nos fazendo valer dos grandes diferenciais que temos, como a altíssima capacidade produtiva das nossas terras, a posição estratégica do nosso porto e do nosso estado entre os biomas do nosso país. O CIMAR está de portas abertas para receber todas as empresas que tenham interesse de fazer parte do nosso quadro de associados com a certeza de que estaremos sempre ao lado do setor produtivo.

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Segundo jogo do Brasil na Copa do Mundo será em um estádio desmontável

O Estádio 974, onde acontecerá o segundo jogo do Brasil na Copa, desta vez contra a Suíça, na próxima segunda-feira (28), é assim chamado porque o número é o indicativo telefônico do Qatar e, também, porque foi construído com 974 contentores. Trata-se do primeiro estádio desmontável do mundo e estima-se que tenha custado mais de 300 milhões de euros.

Os contentores, fabricados pela China International Marine Containers, estão ligados por aço modular reciclado, que permite que seja desmontado após o Qatar 2022. No entanto, poderá ser convertido em infraestruturas variadas para os mais diferentes fins. Poderá, ainda, ser alugado e seguir para qualquer parte do mundo, onde poderá ser montado exatamente como está ou com ligeiras alterações.

Visto como imagem de sustentabilidade econômica e inovação, a infraestrutura permite uma economia de 40% de água e abdica do uso de ar condicionado, algo impensável nos outros sete estádios que acolhem o campeonato do Catar, onde as temperaturas superam os 30 graus e a humidade pode alcançar 65%. O projeto permite ventilação natural por meio de lacunas da estrutura e espaços entre os assentos, com brisas vindas do mar.

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Aprovados estímulos à habitação popular

Um conjunto de medidas para estimular a aderência a programas sociais de habitação popular foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS). As medidas incluem regulamentações acerca dos depósitos futuros, novidades no orçamento para 2023 e novos aportes no Orçamento Plurianual de 2024 a 2026.

A ideia, entre outras coisas, é ampliar o poder aquisitivo de grupos familiares elegíveis a programas sociais de habitação popular. O Conselho havia autorizado, em agosto, a utilização de depósitos futuros do FGTS (ou seja, valores que os empregadores ainda depositarão na conta dos funcionários) para amortizar ou liquidar dívidas de financiamentos imobiliários.

A medida funciona como caução, em que o trabalhador com carteira assinada amplia a capacidade de pagamento por meio da somatória de valores do FGTS e ainda reduz a taxa de juros cobrada pela instituição financeira contratada.

A novidade inclui grupos familiares com renda de até R$ 2.400,00 por mês (inclusos no Grupo 1 do programa Casa Verde e Amarela) à possibilidade de utilização deste benefício. Para a adaptação das instituições financeiras ao novo intervalo de renda, o Conselho também liberou prazo de 90 dias para implementar a medida.

Em relação ao orçamento para 2023, foi disponibilizado para a área da habitação R$3,7 bilhões a mais do que o aporte disponibilizado em 2022. Além disso, foi determinado investimento de R$ 9,5 bilhões em subsídios (descontos) para as famílias de baixa renda.

Com a deliberação, o orçamento passa a prever aplicação de R$68,1 bilhões em habitação, além do investimento em subsídios. A decisão é extremamente relevante segundo especialistas, já que, mais uma vez, o governo não previu subsídios no Orçamento da União para a aquisição de moradias no programa habitacional Casa Verde e Amarela.

Foi aprovado um investimento crescente de valores financiados para a habitação popular no Orçamento Plurianual de 2024 a 2026. Ao final do último ano, calcula-se que as contribuições chegarão a R$ 73,8 bilhões.

Já os recursos previstos para subsídios ficaram fixados em R$ 8,5 bilhões por ano — montante que poderá ser revisto anualmente, dependendo da saúde financeira do FGTS e da geração de empregos com carteira assinada.

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Construção civil deve ter crescimento acima do PIB este ano

A Confederação Nacional da Indústria e o Sindicato da Construção de São Paulo projetam alta de 7% e 6,1%, respectivamente, no setor este ano. Ou seja, acima do percentual previsto para o crescimento do país, de 2,7%, segundo Pesquisa Focus.

Em outras palavras, isto quer dizer que a indústria da construção poderá superar o nível pré-pandemia, de 2019. No segundo trimestre deste ano, enquanto o PIB brasileiro registrou alta de 1,2%, na comparação com os primeiros três meses de 2022, o setor cresceu 2,7%, de acordo com o IBGE. Essa aceleração fez com que a variação do acumulado dos 12 meses atingisse 10,5%, superando a taxa registrada no ano passado.

A recuperação do mercado de trabalho, formal e informal é a principal força desse crescimento. Afinal, em ano eleitoral há investimento maior, numa conjunção de finanças ainda mais favorável, em paralelo com o ciclo imobiliário de lançamentos e de vendas dos últimos dois anos, que estão se traduzindo em obras.

O impacto no mercado de trabalho resultou em 216 mil vagas no setor de janeiro a julho deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Trata-se de uma expansão de 9,38% na comparação com o registro de funcionários contratados no final do ano passado. Somente em julho, houve criação de 32.082 novas vagas, alta de 1,29% na comparação com junho.

Os números estão em linha com os da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, que registrou alta de 13,2%, ou mais 866 mil vagas na construção, em junho deste ano, em relação ao mesmo período de 2021.

No período de isolamento durante a pandemia, com o homeoffice e o auxílio emergencial pago pelo governo à população de baixa renda para enfrentar a crise sanitária, as famílias perceberam a necessidade de realizar reformas em casa. Segundo o Ibre FGV, isso deu um impulso na demanda por materiais de construção, que também se refletiu dentro do setor da construção.

Mesmo com a queda do PIB em 2020, principalmente por conta da contração no mercado de trabalho e na produção de material de construção, o ciclo de negócios do setor não parou, e até a redução da taxa de juros, até março de 2021, contribuiu para que o mercado ganhasse fôlego.

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Elementos que remetem à natureza ganharão destaque em 2023

Faltando menos de 90 dias para o fim do ano, reformas, mudanças na decoração e até a compra de uma nova casa para melhorar o estilo de vida são projetos em evidência para 2023. A tendência é a utilização de muita pedra, madeira, materiais orgânicos e outros elementos que rementem à natureza. A ideia é, também, projetar espaços menos monótonos e que valorizem a luz.

Segundo a arquiteta maranhense Paula Azevedo, toda a linha orgânica está sendo levada para o lar, onde o consumidor pode se sentir mais confortável e ter mais aconchego, o que implica em mais saúde.

“Nós, seres humanos, temos a necessidade de estar em contato com a natureza. Na modernidade, com as construções urbanas e a grande demanda de trabalho, nos afastamos dela. Logo, uma forma de compensar é incorporar aos projetos elementos como pedras, lâminas de madeira e tudo aquilo que nos remeta à natureza e nos traga paz. A arquitetura consegue atingir esse objetivo. Não é apenas a questão de beleza ou estética. É muito mais do que isso”, diz Paula Azevedo.

Ao aliar estética e funcionalidade, as pedras naturais são parte integrante da decoração de casas, apartamentos e espaços comerciais, ajudando a trazer mais beleza, sofisticação e conforto aos espaços em que são instaladas.

As tendências ganham, cada vez mais, também, um toque de personalidade por meio de objetos e cores, ao contrário do minimalismo, moda que vai ficando para trás. As pessoas tendem a procurar conforto e ambientes mais acolhedores e menos estéreis e frios.

Segundo os especialistas, a harmonia é sempre positiva. As apostas são áreas de jantar e cozinhas integradas, salas integradas com a área externa aumentando a amplitude do ambiente, contribuindo também com uma melhor iluminação do imóvel e circulação de ar, bem como possibilitando uma maior relação com a natureza.

A escolha da cor para compor os ambientes também afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas dentro de um ambiente. Estão em alta os tons terrosos, quais sejam, o bege, o marrom e o creme. Estas cores, além de remeter à natureza, contribuem para a sensação de acolhimento dentro dos espaços. Esses tons também garantem um efeito de amplitude e ficam excelentes com pontos de cores na tonalidade azul e verde.

Seguindo a ideia de fluidez nos espaços, equilíbrio e conforto, as formas arredondadas destacam as formas mais orgânicas. Inclusive, referências dos anos 60 e 70 têm sido destaque quando se fala em móveis em curvas.  Além disso, os materiais também têm papel importante, com destaque para tecidos que sejam agradáveis ao toque, como o linho.

A restrição de contato com o mundo externo intensificou o movimento de trazer a natureza para dentro de casa. Com isso, cada vez mais os espaços precisam ser projetados considerando essa incorporação. Sendo assim, o estilo Urban Jungle continuará em destaque em 2023, favorecendo, inclusive, o desenvolvimento espiritual e a melhoria da saúde mental.

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Espaço colaborativo que estimula a criatividade

Um espaço que adota o conceito de coworking e ainda oferece diversos cursos de marcenaria e serralheria é a proposta da Casa da Árvore (@casadaarvorecoworking), com instalações no bairro Olho d’Água e no Centro Histórico. Criado pelo designer Edie Garcia em parceria com os mestres em Design Helton Bezerra e Leanjoelson Andrade, o projeto disponibiliza um ambiente compartilhado entre amadores e profissionais para a fabricação de móveis e outros tipos de objetos. Existe desde 2019, deslanchando no período da pandemia do novo coronavírus.

Com ferramentas e maquinário à disposição dos frequentadores, é possível trabalhar por quantas horas se quiser levando-se apenas os insumos. O trabalho é prazeroso, um exercício de criatividade e desenvolvido em perfeita harmonia com a sustentabilidade. Nada é jogado fora, mas tudo é reaproveitado.

Edie Garcia conta que, como ele e os sócios perceberam que havia necessidade de capacitar as pessoas para usar o espaço e assim produzir os seus objetos, começaram a oferecer os cursos. Com o domínio das técnicas, é muito mais fácil tirar as ideias do papel e colocar na prática. Uma vez dado o pontapé inicial, os alunos viajam em suas criações e se surpreendem com eles próprios.

“O primeiro curso foi ministrado em julho de 2019 e, assim, nos tornamos uma escola de marcenaria e serralheria, além de oferecermos o espaço para coworking, que funciona durante toda a semana. O curso fez tanto sucesso que não paramos mais”, revelou, explicando que quando o interessado se inscreve, recebe todos os materiais necessários para as aulas práticas.

Terapia – O designer explica que a Casa da Árvore é geralmente procurada por pessoas que buscam fabricar móveis para suas próprias residências como passatempo. Ou seja, exatamente o que aconteceu durante a pandemia, quando muita gente utilizou o espaço para terapia ou como hobby. Como a graça pegou, muitos não paraam mais.

O fluxo diário varia entre 8 a 12 pessoas no coworking. Já os cursos, em sua maioria, têm duração de um dia com, no máximo, seis pessoas. O mais procurado, batizado de “Bem-vindo à Marcenaria”, custa R$ 299,90 e acontece das 8h30 às 18h. “Nossa missão é, também, incentivar o ‘faça você mesmo’ e levamos em consideração, ainda, a questão da sustentabilidade com o reaproveitamento de material”, detalha.

Edie conta que tudo começou com a ajuda de um amigo que estudou com ele na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O ex-sócio e idealizador do projeto, Leanjoelson, que era coordenador do curso de Designer da Universidade Ceuma à época, fez a proposta. “Eu tinha uma empresa de móveis planejados, mas havia fechado as portas. Como eu tinha muito maquinário e ele também, unimos o útil ao agradável. Decidimos abrir o espaço para podermos usar tudo o que estava parado. E aí, acabei reabrindo a fábrica dentro do próprio espaço”, conta.

O público que mais procura a Casa da Árvore é formado por mulheres, em torno de 65%. O projeto oferece mais de 15 cursos, que acontecem mensalmente. Edie destaca que o de marcenaria moderna, com duração de três semanas, já atraiu dezenas de alunos. “Alguns passaram a trabalhar nessa área e estão se dando muito bem”, finaliza.

 

Preços do aluguel da oficina

  • 1 hora – R$ 24,00
  • 8 horas – R$ 96,00
  • 40 horas – R$ 399,00
  • 160 horas – R$ 960,00

Contato: (98) 99162-4671

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