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ESG estará entre as temáticas da Expo Indústria Maranhão 2023

A Expo Indústria Maranhão 2023, a ser realizada de 9 a 12 de novembro, no Multicenter Negócios e Eventos, será palco para a realização de painéis e palestras técnicas sobre as práticas ESG, que estão ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. O conceito reúne as políticas de meio ambiente, responsabilidade social e governança.

O evento será uma oportunidade ímpar para que o público esteja em contato com especialistas dessa área e conheça os cases de empresas maranhenses que já implementam tais práticas.

No pilar ambiental, as empresas estão concentradas em questões como redução de emissões de gases de efeito estufa, uso eficiente de recursos naturais e gestão de resíduos. No pilar social, por sua vez, as corporações nacionais enfatizam questões como diversidade, equidade e inclusão, capacitação e desenvolvimento de funcionários e responsabilidade social. Finalmente, no pilar de governança, as empresas estão focando em questões como transparência, accountability e ética.

De acordo com a pesquisa da Amcham Brasil, da qual participaram mais de 500 empresas, as práticas ESG estão ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro, mas ainda há desafios. Algumas das conclusões do Panorama são: 47% das empresas brasileiras já aderiram a práticas ESG e 31% planejam aderir em breve.

O setor que apresenta maior adesão é o de serviços financeiros, seguido pelo de tecnologia e telecomunicações. Os principais motivos para a adoção de práticas ESG são o fortalecimento da reputação da marca (61%), ter impacto positivo em questões socioambientais (57%) e reduzir riscos (40%).

Expo Indústria

A Expo Indústria Maranhão 2023 espera receber um público superior a 40 mil pessoas e gerar cerca de R$ 290 milhões em negócios.

Além dos painéis e palestras técnicas, a feira terá muitos espaços com programação simultânea para todos os públicos, como Expo Show, Expo Agro, Terminal de Inovação, Expo Summit, Expo Fornecedores e Plenarium.

Construção movimentará quase R$ 800 bilhões até 2026

A indústria da construção deverá movimentar R$ 796,4 bilhões na economia brasileira até 2026. O montante considera R$ 663,6 bilhões em investimentos em habitação e infraestrutura e R$ 132,8 bilhões relacionados à demanda por insumos da cadeia produtiva. As informações são de um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

Dos R$ 663,6 bilhões, o estudo destaca que a previsão é de que a área de habitação receba R$ 316,7 bilhões, relacionados ao programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Para a área de infraestrutura, considerando, por exemplo, investimentos em rodovias, ferrovias e saneamento, estão previstos R$ 346,9 bilhões.

Entre os investimentos atrelados à cadeia produtiva (R$ 132,8 bilhões), destacam-se R$ 28,48 bilhões do setor de minerais não metálicos e R$ 18,31 bilhões da metalurgia (R$ 18,31).

Os valores apresentados para o Novo PAC são uma injeção de ânimo no setor de infraestrutura. A análise por regiões mostra que o Sudeste receberá o maior volume de recursos (R$ 233,17 bilhões). Em seguida estão o Nordeste (R$ 204,13), o Norte (R$ 85,60), o Centro-Oeste (R$ 73,33) e o Sul (R$ 67,35).

Barreiras burocráticas

No entanto, barreiras burocráticas em processos no setor de construção podem custar R$ 59,1 bilhões a empresas e governo até 2025 em potenciais ganhos desperdiçados, ao atravancar fatores como atração de capital, competitividade das organizações e criação de postos de trabalho. A conclusão integra o estudo “Burocracia na construção: o custo da ineficiência nos processos”, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O levantamento foi realizado entre março e abril e ouviu 40 executivos das maiores empresas de construção imobiliária e de infraestrutura que atuam no Brasil, além de lideranças de órgãos públicos e de cartórios, buscando identificar os principais desafios burocráticos que afetam projetos de construção no país.

Foram identificados e consolidados os maiores obstáculos ao setor da construção, comuns aos dois segmentos, além dos principais entraves específicos. No ranking dos maiores entraves, na construção imobiliária, na qual a liberação de um projeto pode levar até dois anos, 74% dos entrevistados citam o tempo para aprovação de documentos nas prefeituras como maior problema, devido à falta de previsibilidade e planejamento e à necessidade de frequentes revisões.

Já no setor de infraestrutura, em que a espera pode se prolongar por até sete anos, 78% consideram o prazo demorado nos órgãos públicos como o maior entrave.

Terminal Portuário de São Luís é inadequado às demandas, afirmam representantes da indústria, comércio e serviços

O Terminal Portuário de São Luís é inadequado às demandas, hoje restritas apenas ao atendimento na Rampa Campos Melo, no Centro Histórico, e aos ferryboats da Ponta da Espera, na região Itaqui-Bacanga. A análise é da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), para a qual a qual a situação atual é de carência de transporte rápido, confiável e confortável entre a capital e Alcântara que independa das marés, o que compromete o desenvolvimento daquela cidade histórica e do Centro Espacial (CEA).

A solução apontada pelo setor industrial é a conclusão, pelo governo estadual, dos procedimentos para a implantação definitiva, em regime de parceria público-privada ou totalmente privada, do Terminal Portuário São Luís – Alcântara. Entre as vantagens estão o barateamento das passagens para a população e turistas, redução de tempo de embarque e desembarque, crescente fluxo turístico e maior interação entre os mercados de trabalho das duas cidades.

Essa demanda, bem como algumas outras, foram apresentadas por entidades representativas da indústria, comércio e serviços à Secretaria de Estado de Indústria e Comércio. A pasta recebeu um documento com pautas para a próxima reunião do Conselho Empresarial do Maranhão. São sete sugestões relacionadas aos setores produtivos e consideradas fundamentais para o desenvolvimento econômico do estado.

Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão, as demandas, no geral, são relativas ao destravamento e agilidade nos processos do agronegócio e ao Programa de Aceleração do Crescimento no Maranhão (PAC). Para a entidade, o recente Plano Safra destinou recursos significativos para o financiamento das atividades rurais, mas a burocracia e complexidade dos procedimentos governamentais estão impedindo sua eficácia.

A solução urgente inclui a regularização da estrutura fundiária e da adequação ambiental das propriedades rurais, especialmente para pequenos e médios produtores, bem como a redução dos prazos para licenciamento ambiental. Isso proporcionaria maior segurança jurídica, acesso a tecnologias produtivas avançadas e a possibilidade de aumentar a produtividade, o emprego e a renda familiar no setor agrícola.

Desenvolvimento do agronegócio

Sobre o PAC, a Federação sustenta que a deficiente infraestrutura de transporte, incluindo a malha rodoferroviária de baixa qualidade no Maranhão, está prejudicando o desenvolvimento do agronegócio. Isso resulta em custos de produção elevados e, consequentemente, redução dos lucros, o que dificulta o cumprimento de compromissos salariais, pagamento de impostos e outros encargos. A melhoria da infraestrutura de transporte beneficiaria significativamente o setor agropecuário da região.

Já o Sebrae levou a sugestão da composição da governança público-privada do Parque Tecnológico Renato Archer. Localizado no Centro Histórico de São Luís, o Parque enfrenta o desafio de estabelecer uma governança público-privada que represente diversas partes interessadas na ciência, tecnologia e inovação no Maranhão, ao mesmo tempo em que promove a revitalização do Centro Histórico.

A solução proposta envolve a criação de uma organização social sem fins lucrativos, conforme previsto na Lei Federal nº 9.637/1998, alinhando suas atividades com a revitalização da área. Isso resultaria na preservação do Centro Histórico, geração de empregos no setor de serviços e contribuição significativa para o desenvolvimento científico e tecnológico do Maranhão.

Já a Associação Comercial do Maranhão (ACM) sugeriu três pautas relacionadas a um calendário permanente de reuniões do Conselho, à inadimplência do Governo do Estado com fornecedores e segurança pública nas áreas comerciais e distritos industriais.

Alumar retoma produção de alumínio após cinco anos de operações suspensas

Um dos maiores complexos de produção de alumínio e alumina do mundo, a Alumar está retomando sua fábrica de produção – a Redução. A empresa americana Alcoa e sua parceira no Consórcio, a australiana South 32, realizam o religamento da fábrica depois de cinco anos de operações suspensas.

A reativação resultou em um investimento de R$ 957 milhões e faz parte da estratégia de suas consorciadas para aumento de produção face às perspectivas futuras do mercado mundial. A capacidade total deverá estar operacionalizada até o fim deste ano e a fábrica já reinicia sua produção com energia totalmente renovável.

Com capacidade total de 447 mil toneladas métricas de alumínio por ano, a retomada das atividades viabilizou a geração de 1.500 novos postos de trabalhos indiretos, além da contratação de 1.140 colaboradores diretos.

O diretor da Alumar, Helder Teixeira, frisou que o retorno da produção de Alumínio na Alumar acontece em um momento em que gerar emprego, renda e crescimento econômico no Maranhão é muito necessário. “Nós temos uma visão histórica e compromisso com os maranhenses. Tudo isso, trará resultado expressivo para o desenvolvimento das pessoas e maior contribuição em relação ao recolhimento de impostos, desenvolvimento sustentável, respeito ao meio ambiente dentro de um local seguro”, disse.

A Alumar é uma fábrica premiada como a melhor indústria para se trabalhar por quatro anos consecutivos, reconhecida e agraciada com prêmios de meio ambiente no Brasil e do mundo. A empresa compreende três linhas de produção, um complexo operacional de 710 cubas, caracterizada por apresentar uma estrutura de ponta e de produção dentro dos padrões nacionais e internacionais de qualidade e segurança.A Alcoa, uma das principais produtoras de alumínio no Brasil, investiu R$ 1,3 bilhão em projetos de energia renovável nos últimos dois anos nas unidades de Alumar, no Maranhão, e Poços de Caldas, em Minas Gerais. A companhia pretende zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, com iniciativas para substituir combustíveis fósseis, entre outras. As ações incluem desde a extração da bauxita até o processo de refino e redução.

Na Alumar, a produção de alumínio a partir de energia renovável e com baixa emissão de carbono começou com investimentos de R$ 1 bilhão, em um equipamento que opera 100% com energia renovável.

Anteriormente, a unidade já havia substituído o uso de diesel nos fornos de cozimento de anodos pelo Flex Gás, um sistema que utiliza gás liquefeito de petróleo (GLP) e emite menos gases de efeito estufa. Isso representou uma redução de aproximadamente 30% nas emissões de carbono, permitindo a entrega de alumínio verde para os clientes, segundo a empresa.

Momento político impõe a reindustrialização, diz Ricardo Alban

O atual presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Ricardo Alban, assumirá as rédeas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no mês de outubro para um mandato de quatro anos. Ele afirmou que levará adiante o trabalho que a CNI já desenvolve e as entregas que tem feito até aqui, tratando de convergir o verdadeiro interesse das indústrias no Brasil.

O futuro presidente da CNI ressaltou que o Brasil está em um momento político que impõe a reindustrialização, agora chamada de neoindustrialização. Segundo Alban, sua primeira ação específica será manter a evolução do que existe e trabalhar com prioridades. Quer identificar as necessidades dos setores industriais e, depois, convergir com as do governo.

“Nós temos que fazer um grande movimento de convergência para que possamos ter um processo de convencimento e de esclarecimento que destaque as vantagens competitivas da indústria brasileira”, disse, em entrevista à Revista da Indústria Brasileira.

Ele enfatizou que a política industrial tem que ser focada em várias vertentes, sendo uma delas o estímulo à indústria, incluindo o apoio àquelas que, por algum motivo, têm efetivas vantagens competitivas para disputar os mercados brasileiro e global.

Logo, serão mapeadas ações que permitam usar escassos recursos físicos e financeiros para priorizar e dar as respostas mais imediatas possíveis.

Alban frisou que a indústria de manufatura precisa aproveitar essa onda mundial da sustentabilidade, das energias limpas, da descarbonização, e usar a grande vantagem competitiva termos de energias renováveis, de descarbonização e de produção de hidrogênio verde. 

“Nós vamos começar descarbonizando as nossas indústrias para que possamos agregar valor, para que elas conquistem espaço no mercado internacional de produtos manufaturados antes que lá fora façam o mesmo. Podemos ser um grande hub de exportação de energia renovável, tendo o hidrogênio verde como uma das principais vertentes”, disse. 

Sobre as expectativas para a reforma tributária ele disse que há um grande equívoco quando se fala que a reforma tributária vai onerar o setor A, B ou C e desonerar ou diminuir a oneração de D, E ou F. “Na verdade, quem paga impostos é o consumidor”, frisou. 

Os setores produtivos são agentes recolhedores dos impostos. É preciso primeiro entender essa lógica. Não é uma lógica de onerar o serviço um pouco mais ou a agricultura. Mas é natural que a indústria reivindique a diminuição da sua carga tributária porque, claramente, ela é pesada demais. Precisamos tirar as miopias de cada setor, sabendo que cada um tem que defender seus interesses”, finalizou. 

Granorte aposta em estratégias para preservar o meio ambiente

Coleta seletiva, implantação de dispositivos de umectação no processo de britagem para minimizar a aspersão de material particulado, monitoramento ambiental de ruído e realização de oficinas de reciclagem são algumas das estratégias utilizadas na Granorte para preservar o meio ambiente.
“Nós temos uma preocupação constante quanto a esse aspecto, uma vez que somos compromissados com o meio ambiente”, afirma a coordenadora administrativa da empresa, Marynalda Ferreira da Silva.

Marynalda afirma que há uma preocupação com a coleta e destinação dos resíduos sólidos, umectação de vias internas e no que diz respeito ao processo de britagem. Dentro dessa filosofia de preservação do meio ambiente, a empresa também promove palestras de conscientização sobre o uso dos recursos naturais, coleta seletiva e, além disso, realiza oficinas de reciclagem visando ao melhor uso dos resíduos gerados e à viabilização de possível geração de renda para a comunidade.

A conquista do ISO 14001 (selo relacionado à gestão ambiental), de acordo com a coordenadora, fortaleceu ainda mais o compromisso da Granorte com o gerenciamento de seus resíduos. “Nós construímos, por exemplo, uma central de resíduos que armazena temporariamente o material por tipologia para posterior destinação final em parceria com empresas licenciadas. No que diz respeito a alguns resíduos, como baterias e pneus, nós adotamos a prática da logística reversa, ou seja, fazendo o retorno eficiente e sustentável dos materiais já utilizados na cadeia produtiva”, destaca Marynalda Silva.

A empresa também investe em energia limpa por meio da migração ao Mercado Livre, um ambiente de negociação onde consumidores de grande porte podem comprar energia diretamente de um gerador, ao invés de adquirir da concessionária. Com essa estratégia, reduz o impacto ambiental e economia em cerca de 20% nos custos com energia.

“São mais de 50 motores elétricos de diferentes potências em operação diariamente. Logo, temos uma solução de energia limpa e ainda favorece nosso desempenho financeiro”, explica Pedro Salgueiro, da Diretoria de Marketing da Granorte

Pedro acrescenta que há uma preocupação de toda a empresa com relação ao que se pode fazer para preservar o planeta. “Nós observamos que as empresas do setor de construção civil e áreas afins estão cada vez mais adequando seus projetos e obras com o propósito da harmonia social, resgate da natureza e outros males. São ações de suma importância e nós fazemos a nossa parte aqui na Granorte”, finaliza Pedro Salgueiro.

10 formas de minimizar os impactos ambientais da sua empresa

1. Faça uma correta gestão dos seus resíduos. É preciso saber como coletar, armazenar, transportar, tratar e dar a devida destinação ao lixo da empresa.
2. Adote a coleta seletiva dos resíduos.
3. Reduza o consumo de papel. Lembre-se, inclusive, que a transformação digital é a porta de entrada para a Indústria 4.0. Digitalizar os processos e documentos traz eficiência, agilidade, produtividade e economia.
4. Recicle o que for possível reciclar.
5. Reduza a conta de água e de energia elétrica. Os resultados da empresa agradecerão, e a natureza também.
6. Faça uso da logística reversa, ou seja, recolha e reutilize, quando possível, produtos e materiais que tiverem o ciclo produtivo encerrado.
7. Embalagens descartáveis? Substitua-as por refis recicláveis.
8. Copinhos de café e água nunca mais! Distribua canecas de louça para cada colaborador tomar seu café e sua água sem agredir o meio ambiente.
9. Incentive os colaboradores a usarem meios de transporte alternativos, como bicicletas. É preciso contar com uma determinada infraestrutura para isso. Aqueles que aderirem podem ser recompensados (e isso não gera custo porque não será preciso utilizar vale-transporte).
10. Opte por parceiros que adotem a mesma política e optem por insumos recicláveis e não poluentes.

Granorte realiza capacitação de colaboradores para interpretação das normas ISO 14001/2015 e ISO 9001/2015 e formação de auditores internos

A Granorte promoveu um treinamento comandado por profissionais do Instituto Nacional de Educação e Desenvolvimento (INAED) visando à capacitação dos colaboradores em torno das certificações ISO 9001:2015 (Qualidade) e ISO 14001:2015 (Meio Ambiente), ambos conquistadas pela empresa há, pelo menos, quatro anos.

O treinamento foi voltado para a interpretação dos requisitos das normas e a formação da equipe como auditores internos. “O treinamento é de extrema importância para promover conhecimento dos procedimentos internos da empresa visando sempre às melhorias contínuas dos nossos processos”, disse Marynalda Ferreira, coordenadora administrativa da Granorte.

Marynalda Ferreira explicou que as duas normas têm validade de três anos, com auditorias anuais de verificação, tendo em vista a eficácia e melhoria do Sistema de Gestão da empresa.

“Quando uma empresa não cumpre o que é estabelecido por uma norma e não consegue manter a eficácia do sistema de gestão, ela corre o risco de perder a certificação. Logo, é essencial essa capacitação, durante a qual também fazemos uma avaliação das nossas ações nessas duas áreas específicas”, frisou,

A coordenadora administrativa destacou que todo sistema de gestão busca otimizar os processos no dia a dia do empreendimento por meio dos procedimentos e controles internos. “Por isso, o processo de interpretação e formação de auditores internos foi de fundamental importância para capacitar os gestores a administrar o Sistema de Gestão Integrado de forma que todos os processos sejam cumpridos como estabelece os procedimentos internos de gestão”, finalizou.

A certificação IS0 9001 é uma norma mundial de Sistema de Gestão de Qualidade que, no Brasil, baseia-se nas definições da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ela pode ser implementada em conjunto com outras normas e por empresas de qualquer porte, independentemente da área de atividade. No início, tinha como foco a padronização de processos e produtos.

Após atualizações, passou a auxiliar, também, na qualidade da entrega de produtos e serviços, bem como no processo de planejamento estratégico das empresas. Para isso, envolve diretamente todos os escalões das organizações certificadas. O Sistema de Gestão de Qualidade atua de modo a contribuir com a gestão.

Assim, permite encontrar e corrigir processos ineficientes que ocorrem dentro de uma empresa. A implementação é, ainda, uma maneira de documentar a cultura da organização, de modo a garantir que o negócio cresça e mantenha a qualidade tanto de seus bens quanto dos serviços prestados.

Já a certificação ISO 14001 é almejada por empresas que desejam estabelecer ou aprimorar seus sistemas de gestão ambiental, estar seguras sobre políticas ambientais praticadas ou demonstrar estar de acordo com práticas sustentáveis.

A aplicação da norma depende de fatores como a política ambiental da organização, a natureza das atividades por ela desenvolvidas, seus produtos e serviços, dos locais e as condições nas quais o sistema funciona. Os princípios de gestão da norma são comuns aos da ISO 9001.

Essa certificação obriga a identificação de todos os aspectos ambientais provocados pelas operações, o estudo de como eles acontecem e as soluções para minimizá-los e eliminá-los. Isso ajuda na preservação do meio ambiente, no controle de seus impactos, no controle de custos, na redução de riscos, na melhoria do desenvolvimento sustentável e, até mesmo, na melhoria de produtividade e redução de custos”, frisa, enfatizando a questão do gerenciamento de resíduos sólidos, que permite melhor reaproveitamento dos materiais que são resultados do processo produtivo e a redução dos impactos ao meio ambiente, o que é feito pela Granorte.

Auditor Eduardo Molena diz que que os selos de qualidade abrem portas, uma vez que o mercado passa a olhar a empresa com outros olhos

Certificações de qualidade ganham cada vez mais importância no mercado.

Ressaltar o compromisso da empresa com a qualidade de seus produtos, serviços e com o desenvolvimento profissional de seus colaboradores é o propósito do selo de qualidade, que passou a fazer a diferença aos olhos dos consumidores nos últimos anos. São diversos os tipos e cada um foca em determinada área de produção. Cada selo de controle possui normas e metodologias próprias para avaliação.

Segundo levantamento do Sistema B, a demanda por certificações aumentou 23% globalmente ano passado. Elas espalham-se por mais de 70 países e atuam em diversas frentes. Eduardo Molena, auditor líder nas normas ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001e ISO 37001, afirma que um selo atesta o compromisso da empresa e, consequentemente, pode valorizar sua imagem e agregar mais valor ao seu produto. Devido à competitividade do mercado, muitos consumidores valorizam a certificação na hora da compra.

“As certificações indicam que a empresa adotou um padrão de comportamento, a partir da adoção, por exemplo, de uma linguagem simples, objetiva e direta sobre questões de atendimento ao cliente”, exemplifica Molena, acrescentando que empresas da construção civil geralmente optam pelo ISO 9001 e pelo ISO 14001.

Ele ressalta que os selos de qualidade abrem portas, uma vez que o mercado passa a olhar a empresa com outros olhos. As certificações, conforme o auditor, tornaram-se exigências contratuais em muitos casos, bem como para a participação em licitações estatais.

“No entanto, uma empresa pode perder uma certificação caso não cumpra com as exigências contratuais com a certificadora, não realizando, por exemplo, as auditorias determinadas no contrato ou não corrigindo possíveis desvios apontados dentro dos prazos estipulados”, explica Eduardo Molena.

No Maranhão, empresas da área da construção civil como a Granorte conquistaram selos importantes.

“Nós temos o ISO 9001 e o ISO 14001, ambos conquistados em 2018. O processo começou a ser implantado no final de 2016, com o treinamento das equipes, adequação de procedimentos operacionais e métricas de controle, sob supervisão de uma coordenadora. Em 2018, contratamos uma consultoria especializada para conclusão e revisão do processo. Em novembro daquele mesmo ano, recebemos as certificações”, informa a superintendente técnica de produção da Granorte, Ana Paula Vieira.

Conforme Ana Paula Vieira, as certificações tornaram a Granorte mais competitiva no mercado e aumentaram a visibilidade da empresa, que passou a figurar como modelo na área de exploração, beneficiamento e comercialização de material britado. Agora, estuda a implementação das certificações ISO 45001, voltada para a área de segurança, ISO 37301 (complience), ISO 37001(antissuborno) e ISO 17025 (laboratório).

De acordo com Marynalda Ferreira, coordenadora administrativa da Granorte, a empresa é, atualmente, a segunda pedreira certificada nas duas normas no Brasil (ISO 9001 e ISO 14001), o que é motivo de orgulho para seus colaboradores. O ISO 14001, por exemplo, diz respeito às normas do meio ambiente e os princípios que uma empresa deve ter para operar um sistema de gestão ambiental. As ações são tomadas com o objetivo de reduzir os impactos no meio ambiente, a partir da adoção de uma postura sustentável.

No caso de setores de edificação, por exemplo, essa norma deve estabelecer demandas de desenvolvimento sustentável nas obras já terminadas e as que estejam em processo de construção. Dessa forma, é pensado formas de diminuir o uso dos recursos naturais em todo o processo de edificação.

“Implantar o sistema de gestão integrado na Granorte não foi tarefa fácil. No entanto, conquistar o certificado foi muito gratificante e importante. O primeiro passo foi a criação dos procedimentos internos. Depois, implementar esses procedimentos internos e gerenciá-los, iniciando um novo modelo de gestão e mudança na rotina. Com a conquista das certificações ISO 9001 e 14001, a empresa deu um grande passo. Hoje, tudo é disseminado de maneira mais clara, principalmente o foco no cliente e compromisso com a preservação ambiental”, frisa Marynalda Ferreira.

Selo verde

Em sendo um dos setores mais importantes para a economia do país, a construção civil busca se aperfeiçoar e trabalhar de forma mais eficaz e com maior qualidade. Assim, é cada vez maior a procura pelo selo verde nessa área. O objetivo é atestar se um empreendimento segue os preceitos de sustentabilidade.

O cenário atual aponta para a união dos interesses econômicos e ambientais e, por isso, também cresce a procura pela certificação. Enquanto os custos operacionais de construção são maiores, a valorização na revenda do imóvel também cresce. Assim, todos saem ganhando: a construtora, o usuário e o meio ambiente.

O selo verde é uma certificação que destaca a responsabilidade ambiental das empresas em executar suas atividades com o menor impacto para o meio ambiente. As empresas que possuem esse selo adotam as melhores técnicas construtivas para o meio ambiente e para a redução do consumo dos recursos naturais.

Em cada estado brasileiro, o Instituto do Meio Ambiente analisa o atendimento aos critérios e concede a certificação. Mas o selo também pode ser concedido por outros órgãos governamentais, como Ministério de Minas e Energia, ou, ainda, por organismos internacionais.

Não há apenas um selo verde. Trata-se da denominação para as diversas certificações existentes que atestam a responsabilidade ambiental das empresas do setor da construção civil.

O que são certificados?

São documentos, emitidos por entidades específicas, preferencialmente as publicamente reconhecidas, que atestam determinado produto, serviço, atividade ou sistema que está sendo produzido, fornecido, implantado ou mantido de acordo com os requisitos de um padrão específico. Esse padrão pode ser setorial, nacional, regional ou internacional.

Por exemplo, uma determinada empresa receberá do organismo avaliador o certificado ISSO 9001apenas se, após o processo de verificação, o organismo apresentar evidências objetivas de que o Sistema de Gestão da Qualidade implementado pela empresa está em conformidade com todos os requisitos da norma NBR ISO 9001.

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