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“Indústria maranhense está otimista com novo cenário local”, diz Cláudio Azevedo

Estimular a integração das cadeias produtivas e contribuir para um ambiente de negócios mais favorável é uma das funções do Centro das Indústrias do Estado do Maranhão (CIMAR), atualmente sob o comando do empresário Cláudio Azevedo, vice-presidente executivo da Fiema. Nesta entrevista, o presidente da entidade fala sobre as estratégias para 2023, entraves que ainda dificultam o desemprenho das empresas locais fronteira agrícola,  invasões de terras, entre outros assuntos.

 

Em resumo, quais as estratégias do Centro das Indústrias do Estado do Maranhão para alavancar o desenvolvimento econômico local em 2023, exatamente após um período pandêmico?

O Centro das Indústrias do Maranhão tem trabalhado constantemente na atração de investimentos para o estado, fomentando o fortalecimento das cadeias produtivas e estimulando parcerias entre nossas empresas associadas e, também, grandes empresas que têm o desejo de estabelecer negócios no Maranhão. É finalidade principal do CIMAR, além de representar o interesse de seus associados, a expansão e promoção da atividade industrial, articulando ações e estimulando a competitividade no setor produtivo maranhense.

 

Quais seriam os principais gargalos que ainda atrapalham o desempenho da indústria maranhense em relação aos outros estados do Nordeste?

A indústria maranhense está bastante otimista com o novo cenário local, pós-eleições estaduais. O nosso estado ainda sofre bastante com a burocratização na obtenção de licenças, sejam elas ambientais, sanitárias ou de operação, o que tem dificultado o desempenho das nossas indústrias, além de gargalos logísticos que são históricos no Maranhão. Algumas questões como invasões de terras e de plantas industriais também tem nos preocupado, mas o CIMAR tem trabalhado ativamente para amenizar esses gargalos junto aos entes públicos e em parceria com a Fiema e seus conselhos temáticos.

 

Como se dá o papel do Cimar na criação da nova fronteira agrícola de grãos na região central do Maranhão?

O CIMAR, seguindo seu propósito de estimular a integração de cadeias produtivas e contribuir para um ambiente de negócios mais favorável a seus associados e ao setor produtivo maranhense, foi peça fundamental na articulação do estabelecimento da GEE S/A (Antiga RISA) em Barra do Corda, inserindo definitivamente o município na rota do agronegócio. Serão realizados investimentos nos segmentos de agricultura, fertilizantes, máquinas, defensivos, logística e trading, e nós, do Centro das Indústrias, promovemos, além do apoio na chegada da empresa à cidade, também o encontro dos investidores com o poder público local. Não podemos entrar em detalhes ainda, mas essa parceria gerará grandes frutos para a região central do nosso estado.

 

Quais os planos da entidade para auxiliar os associados nas mais diversas áreas, incluindo as de responsabilidade social, meio ambiente e crédito?

O CIMAR, como uma entidade que faz parte do Sistema Fiema, oferece a seus associados a possibilidade de usufruir de serviços da mais alta qualidade como o NAC (Núcleo de Acesso ao Crédito), que tem como objetivo ampliar o acesso ao crédito para as micro, pequenas e médias empresas. Participamos, também, do Conselho Temático do Meio Ambiente, onde discutimos as pautas ambientais no âmbito estadual e federal, colaborando com a sociedade e os entes governamentais e orientando nossos associados, e do Conselho Temático de Assuntos Legislativos, onde discutimos pautas legais de interesse do setor produtivo maranhense.

 

Quais as ações da entidade no que diz respeito a incidentes como invasões de terras, principalmente do segmento da siderurgia, celulose e mineração?

Infelizmente, nos últimos meses, temos acompanhado e testemunhado incidentes de invasões de terras no interior do nosso estado, e temos sido procurados para intermediar as negociações entre as empresas e o poder público, com bastante êxito, como podemos acompanhar pelas notícias da mídia. Tentamos sempre buscar uma solução conciliatória e equilibrada, pois entendemos que há sempre um contexto por trás de todas as ações que são tomadas. O CIMAR tem atuado junto ao setor produtivo como representante de seus interesses e defendendo o direito à propriedade de nossas indústrias, reconhecendo e exaltando o papel essencial que todas elas têm no desenvolvimento do Maranhão, na geração de emprego, renda, riquezas e pela grande contribuição tributária que todas elas geram para o erário estadual.

 

Quais suas considerações finais?

É importante salientar que somos uma entidade apartidária e sem fins lucrativos, que atua representando o interesse dos nossos associados com foco na expansão e promoção da atividade industrial no Maranhão. O CIMAR, apesar de criado em 1967, foi reativado em 2022 e já conta com dezenas de grandes indústrias, agroindústrias e empresas em seu quadro de associados, discutindo diariamente temas do interesse do Maranhão, participando de grupos de trabalho e conselhos com o objetivo de estimular o crescimento local com foco global, acreditando que temos potencial para nos tornarmos referência no Brasil e no mundo, nos fazendo valer dos grandes diferenciais que temos, como a altíssima capacidade produtiva das nossas terras, a posição estratégica do nosso porto e do nosso estado entre os biomas do nosso país. O CIMAR está de portas abertas para receber todas as empresas que tenham interesse de fazer parte do nosso quadro de associados com a certeza de que estaremos sempre ao lado do setor produtivo.

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Segundo jogo do Brasil na Copa do Mundo será em um estádio desmontável

O Estádio 974, onde acontecerá o segundo jogo do Brasil na Copa, desta vez contra a Suíça, na próxima segunda-feira (28), é assim chamado porque o número é o indicativo telefônico do Qatar e, também, porque foi construído com 974 contentores. Trata-se do primeiro estádio desmontável do mundo e estima-se que tenha custado mais de 300 milhões de euros.

Os contentores, fabricados pela China International Marine Containers, estão ligados por aço modular reciclado, que permite que seja desmontado após o Qatar 2022. No entanto, poderá ser convertido em infraestruturas variadas para os mais diferentes fins. Poderá, ainda, ser alugado e seguir para qualquer parte do mundo, onde poderá ser montado exatamente como está ou com ligeiras alterações.

Visto como imagem de sustentabilidade econômica e inovação, a infraestrutura permite uma economia de 40% de água e abdica do uso de ar condicionado, algo impensável nos outros sete estádios que acolhem o campeonato do Catar, onde as temperaturas superam os 30 graus e a humidade pode alcançar 65%. O projeto permite ventilação natural por meio de lacunas da estrutura e espaços entre os assentos, com brisas vindas do mar.

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Aprovados estímulos à habitação popular

Um conjunto de medidas para estimular a aderência a programas sociais de habitação popular foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS). As medidas incluem regulamentações acerca dos depósitos futuros, novidades no orçamento para 2023 e novos aportes no Orçamento Plurianual de 2024 a 2026.

A ideia, entre outras coisas, é ampliar o poder aquisitivo de grupos familiares elegíveis a programas sociais de habitação popular. O Conselho havia autorizado, em agosto, a utilização de depósitos futuros do FGTS (ou seja, valores que os empregadores ainda depositarão na conta dos funcionários) para amortizar ou liquidar dívidas de financiamentos imobiliários.

A medida funciona como caução, em que o trabalhador com carteira assinada amplia a capacidade de pagamento por meio da somatória de valores do FGTS e ainda reduz a taxa de juros cobrada pela instituição financeira contratada.

A novidade inclui grupos familiares com renda de até R$ 2.400,00 por mês (inclusos no Grupo 1 do programa Casa Verde e Amarela) à possibilidade de utilização deste benefício. Para a adaptação das instituições financeiras ao novo intervalo de renda, o Conselho também liberou prazo de 90 dias para implementar a medida.

Em relação ao orçamento para 2023, foi disponibilizado para a área da habitação R$3,7 bilhões a mais do que o aporte disponibilizado em 2022. Além disso, foi determinado investimento de R$ 9,5 bilhões em subsídios (descontos) para as famílias de baixa renda.

Com a deliberação, o orçamento passa a prever aplicação de R$68,1 bilhões em habitação, além do investimento em subsídios. A decisão é extremamente relevante segundo especialistas, já que, mais uma vez, o governo não previu subsídios no Orçamento da União para a aquisição de moradias no programa habitacional Casa Verde e Amarela.

Foi aprovado um investimento crescente de valores financiados para a habitação popular no Orçamento Plurianual de 2024 a 2026. Ao final do último ano, calcula-se que as contribuições chegarão a R$ 73,8 bilhões.

Já os recursos previstos para subsídios ficaram fixados em R$ 8,5 bilhões por ano — montante que poderá ser revisto anualmente, dependendo da saúde financeira do FGTS e da geração de empregos com carteira assinada.

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Construção civil deve ter crescimento acima do PIB este ano

A Confederação Nacional da Indústria e o Sindicato da Construção de São Paulo projetam alta de 7% e 6,1%, respectivamente, no setor este ano. Ou seja, acima do percentual previsto para o crescimento do país, de 2,7%, segundo Pesquisa Focus.

Em outras palavras, isto quer dizer que a indústria da construção poderá superar o nível pré-pandemia, de 2019. No segundo trimestre deste ano, enquanto o PIB brasileiro registrou alta de 1,2%, na comparação com os primeiros três meses de 2022, o setor cresceu 2,7%, de acordo com o IBGE. Essa aceleração fez com que a variação do acumulado dos 12 meses atingisse 10,5%, superando a taxa registrada no ano passado.

A recuperação do mercado de trabalho, formal e informal é a principal força desse crescimento. Afinal, em ano eleitoral há investimento maior, numa conjunção de finanças ainda mais favorável, em paralelo com o ciclo imobiliário de lançamentos e de vendas dos últimos dois anos, que estão se traduzindo em obras.

O impacto no mercado de trabalho resultou em 216 mil vagas no setor de janeiro a julho deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Trata-se de uma expansão de 9,38% na comparação com o registro de funcionários contratados no final do ano passado. Somente em julho, houve criação de 32.082 novas vagas, alta de 1,29% na comparação com junho.

Os números estão em linha com os da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, que registrou alta de 13,2%, ou mais 866 mil vagas na construção, em junho deste ano, em relação ao mesmo período de 2021.

No período de isolamento durante a pandemia, com o homeoffice e o auxílio emergencial pago pelo governo à população de baixa renda para enfrentar a crise sanitária, as famílias perceberam a necessidade de realizar reformas em casa. Segundo o Ibre FGV, isso deu um impulso na demanda por materiais de construção, que também se refletiu dentro do setor da construção.

Mesmo com a queda do PIB em 2020, principalmente por conta da contração no mercado de trabalho e na produção de material de construção, o ciclo de negócios do setor não parou, e até a redução da taxa de juros, até março de 2021, contribuiu para que o mercado ganhasse fôlego.

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Com trabalho exemplar no Ministério do Desenvolvimento Regional, maranhense trabalha para universalizar acesso aos serviços de saneamento básico no Brasil

Atual secretário nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, o maranhense Pedro Maranhão tem realizado um trabalho centrado e focado visando à universalização do acesso aos serviços de saneamento básico no Brasil. Economista, empresário e gestor de projetos de infraestrutura, ele atua desde a década de 80 em órgãos da administração pública, ocupando cargos de relevância como ministro interino, secretário de Estado da Casa Civil, chefe de Gabinete, diretor superintendente, secretário executivo, coordenador de projetos e membro de diversos Conselhos.

No âmbito do setor privado, sobressaiu-se em atividades nas áreas de energia, agroindústria e reflorestamento, sempre exercendo o papel de gestor e formulador de novos negócios. À frente do órgão nacional, tem contribuindo com sua expertise para dinamizar o setor. Entre 2019 e 2022, por exemplo, foram investidos pela Secretaria Nacional de Saneamento mais de R$ 9,3 bilhões em ações nas suas quatro componentes, além de investimentos em estudos e projetos e desenvolvimento institucional, beneficiando mais de 700 municípios, com destaque para esgotamento sanitário (R$ 4,2 bilhões) e abastecimento de água (R$ 2,7 bilhões).

No mesmo período, a Secretaria aprovou o total de 38 projetos de captação no mercado financeiro por meio de debêntures incentivadas (títulos de crédito) para o setor de saneamento, totalizando R$ 10,3 bilhões e a previsão de R$ 17,5 bilhões em investimentos. Destes R$ 10,3 bilhões aprovados, R$ 7,04 já foram captados no mercado. Paralelamente, promoveu ações e eventos visando à regionalização dos serviços de manejo de resíduos sólidos e o encerramento de lixões. Como resultado decorrente dessas ações, destacam-se o encerramento do lixão que atendia ao município de Itacaré, na Bahia, entre outros.

Em entrevista exclusiva ao site da Granorte, Pedro Maranhão destacou o novo marco legal do saneamento básico que, segundo ele, modernizou o ambiente regulatório nacional, adicionando segurança jurídica e previsibilidade necessária à atração de investimentos privados significativos para o setor, de modo a estabelecer novas alternativas de financiamento e mecanismos para o alcance da universalização do acesso a esses serviços no Brasil, que, no caso dos componentes ‘abastecimento de água’ e ‘esgotamento sanitário’, consistem em atender pelo menos 99% e 90% da população, respectivamente, até 2033.

“Como resultados iniciais, cito os primeiros leilões realizados sob a influência da nova legislação, que garantiram investimentos em expansão e melhoria da infraestrutura e da operação da ordem de R$ 70 bilhões no setor, beneficiando uma população estimada em 19.660.221 habitantes, distribuída em 220 municípios”, frisa.

 

Maranhão

Ele informou que, conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento, o Maranhão apresenta alguns dos piores indicadores de saneamento quando comparado aos indicadores obtidos para os demais estados ou os indicadores nacionais. Em relação ao acesso aos serviços de saneamento, apenas 56,5% da população do estado é atendida com rede de água e 13,8% com rede de esgoto.

Esses percentuais observados para o Brasil foram 84,1% e 55,0%, respectivamente. Destacam-se, ainda, o índice de água não contabilizada ou perdida na distribuição de 59,1% e o índice de tratamento do esgoto gerado de apenas 13,6%. “Tais percentuais observados para o Brasil foram 40,1% e 50,8%, respectivamente. Nesse sentido, observa-se que o novo marco legal do saneamento traz novas esperanças para a melhoria e o alcance da universalização do acesso aos serviços de saneamento básico ao Maranhão”, pontua.

Para que o Maranhão avance nessa área, Pedro Maranhão afirmou que o primeiro passo foi dado com a aprovação da Lei Complementar 239/2021, que regionaliza em microrregiões de saneamento a prestação dos serviços de saneamento básico. “Restam os demais passos e a vontade política para estabelecer institucionalmente as estruturas regionalizadas de governança, de regulação e fiscalização da prestação dos serviços, a modelagem econômico-financeira adequada da prestação regionalizada no estado e a licitação das concessões”, diz.

Apesar dos entraves observados para a universalização dos serviços de saneamento básico, os avanços jurídicos, regulatórios e institucionais introduzidos pelo novo marco legal resultaram em um ambiente favorável à ampliação dos investimentos privados estruturantes no setor, de acordo com o maranhense. “O processo de superação do atraso existente no desenvolvimento do setor é complexo, entretanto, resultados importantes começam a ser observados no caminho em direção à universalização dos serviços públicos. Estes resultados devem ser comemorados”.

 

Modelo de políticas públicas

– Antes da aprovação do novo marco legal do saneamento, o modelo de políticas públicas adotado para o setor era predominantemente fundamentado na execução direta dos serviços pelos municípios ou por meio de delegação às companhias estaduais. Em tal modelo de prestação de serviços, com algumas exceções, não havia o estabelecimento de metas contratuais claras para o alcance da universalização do acesso aos serviços e de melhorias de eficiência operacional.

– Também não havia um marco regulatório eficiente na promoção da segurança jurídica e da estruturação dos arranjos institucionais necessários para o aporte de investimentos privados no setor. Tal situação em conjunto com a elevada dependência de recursos públicos para a realização dos investimentos necessários comprometeu a sustentabilidade econômico-financeira dos projetos da infraestrutura essenciais à universalização dos serviços assim como o desenvolvimento institucional em nível de regulação e fiscalização do setor.

– As ineficiências operacional, financeira, jurídica e institucional desse modelo resultaram nos déficits atuais de investimentos em expansão e operação. Com o objetivo de alterar esse cenário, foi aprovado o novo marco legal do saneamento básico (Lei 14.026/2020).

 

Novo marco legal

– O novo marco legal do saneamento básico modernizou o ambiente regulatório nacional, adicionando segurança jurídica e previsibilidade necessária à atração de investimentos privados significativos para o setor, de modo a estabelecer novas alternativas de financiamento e mecanismos para o alcance da universalização do acesso aos serviços de saneamento básico no Brasil, que no caso dos componentes abastecimento de água e esgotamento sanitário, consistem em atender pelo menos 99% e 90% da população, respectivamente, até 2033.

– Como resultados iniciais, destacam-se os primeiros leilões realizados sob a influência da nova legislação, que garantiram investimentos em expansão e melhoria da infraestrutura e da operação da ordem de R$ 70 bilhões no setor, beneficiando uma população estimada em 19.660.221 habitantes, distribuída em 220 municípios.

– O objetivo do novo marco legal do saneamento consiste exatamente em obter ganhos de escala a partir da modelagem por meio da formação de grupos de municípios que viabilizem, sob o ponto de vista econômico-financeiro, a universalização do acesso aos serviços de saneamento em municípios que não possuam capacidade individual para o alcance das metas, nos prazos estabelecidos

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Elementos que remetem à natureza ganharão destaque em 2023

Faltando menos de 90 dias para o fim do ano, reformas, mudanças na decoração e até a compra de uma nova casa para melhorar o estilo de vida são projetos em evidência para 2023. A tendência é a utilização de muita pedra, madeira, materiais orgânicos e outros elementos que rementem à natureza. A ideia é, também, projetar espaços menos monótonos e que valorizem a luz.

Segundo a arquiteta maranhense Paula Azevedo, toda a linha orgânica está sendo levada para o lar, onde o consumidor pode se sentir mais confortável e ter mais aconchego, o que implica em mais saúde.

“Nós, seres humanos, temos a necessidade de estar em contato com a natureza. Na modernidade, com as construções urbanas e a grande demanda de trabalho, nos afastamos dela. Logo, uma forma de compensar é incorporar aos projetos elementos como pedras, lâminas de madeira e tudo aquilo que nos remeta à natureza e nos traga paz. A arquitetura consegue atingir esse objetivo. Não é apenas a questão de beleza ou estética. É muito mais do que isso”, diz Paula Azevedo.

Ao aliar estética e funcionalidade, as pedras naturais são parte integrante da decoração de casas, apartamentos e espaços comerciais, ajudando a trazer mais beleza, sofisticação e conforto aos espaços em que são instaladas.

As tendências ganham, cada vez mais, também, um toque de personalidade por meio de objetos e cores, ao contrário do minimalismo, moda que vai ficando para trás. As pessoas tendem a procurar conforto e ambientes mais acolhedores e menos estéreis e frios.

Segundo os especialistas, a harmonia é sempre positiva. As apostas são áreas de jantar e cozinhas integradas, salas integradas com a área externa aumentando a amplitude do ambiente, contribuindo também com uma melhor iluminação do imóvel e circulação de ar, bem como possibilitando uma maior relação com a natureza.

A escolha da cor para compor os ambientes também afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas dentro de um ambiente. Estão em alta os tons terrosos, quais sejam, o bege, o marrom e o creme. Estas cores, além de remeter à natureza, contribuem para a sensação de acolhimento dentro dos espaços. Esses tons também garantem um efeito de amplitude e ficam excelentes com pontos de cores na tonalidade azul e verde.

Seguindo a ideia de fluidez nos espaços, equilíbrio e conforto, as formas arredondadas destacam as formas mais orgânicas. Inclusive, referências dos anos 60 e 70 têm sido destaque quando se fala em móveis em curvas.  Além disso, os materiais também têm papel importante, com destaque para tecidos que sejam agradáveis ao toque, como o linho.

A restrição de contato com o mundo externo intensificou o movimento de trazer a natureza para dentro de casa. Com isso, cada vez mais os espaços precisam ser projetados considerando essa incorporação. Sendo assim, o estilo Urban Jungle continuará em destaque em 2023, favorecendo, inclusive, o desenvolvimento espiritual e a melhoria da saúde mental.

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Custo da construção desacelera e sobe 0,33%

 

No mês de agosto, o Índice Nacional de Custo da Construção-M (Incc-M) desacelerou em relação a julho e subiu 0,33%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Conforme a FGV, no mês anterior, o índice teve taxa de 1,16%. Com isso, o índice acumula alta de 8,80% no ano e 11,40% em 12 meses.

Já na comparação interanual, em agosto do ano passado o índice havia subido 0,56%, com alta de 17,05% acumulada em 12 meses.

Além disso, entre os componentes do índice, a taxa relativa a materiais, equipamentos e serviços passou de 0,60% em julho para 0,14% em agosto. Já a taxa correspondente a materiais e equipamentos variou 0,03% em agosto, após subir 0,62% no mês anterior.

Todos os subgrupos tiveram decréscimo, com destaque em materiais para estrutura, que passou de 0,63% para -0,08%.

Os serviços passaram de 0,49% em julho para 0,68% em agosto, puxados pelo avanço da refeição pronta no local de trabalho, que subiu de 0,29% para 1,54%.

Já a mão de obra variou 0,54% em agosto, após alta de 1,76% em julho, puxada pela taxa de ajudante especializado, que foi de 1,68% em julho para 0,62% em agosto.

Entre as capitais, todas as pesquisadas apresentaram desaceleração em suas taxas de variação na passagem de julho para agosto: Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. Tiveram variação negativa Belo Horizonte (-0,06%) e Porto Alegre (-0,08%).

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Espaço colaborativo que estimula a criatividade

Um espaço que adota o conceito de coworking e ainda oferece diversos cursos de marcenaria e serralheria é a proposta da Casa da Árvore (@casadaarvorecoworking), com instalações no bairro Olho d’Água e no Centro Histórico. Criado pelo designer Edie Garcia em parceria com os mestres em Design Helton Bezerra e Leanjoelson Andrade, o projeto disponibiliza um ambiente compartilhado entre amadores e profissionais para a fabricação de móveis e outros tipos de objetos. Existe desde 2019, deslanchando no período da pandemia do novo coronavírus.

Com ferramentas e maquinário à disposição dos frequentadores, é possível trabalhar por quantas horas se quiser levando-se apenas os insumos. O trabalho é prazeroso, um exercício de criatividade e desenvolvido em perfeita harmonia com a sustentabilidade. Nada é jogado fora, mas tudo é reaproveitado.

Edie Garcia conta que, como ele e os sócios perceberam que havia necessidade de capacitar as pessoas para usar o espaço e assim produzir os seus objetos, começaram a oferecer os cursos. Com o domínio das técnicas, é muito mais fácil tirar as ideias do papel e colocar na prática. Uma vez dado o pontapé inicial, os alunos viajam em suas criações e se surpreendem com eles próprios.

“O primeiro curso foi ministrado em julho de 2019 e, assim, nos tornamos uma escola de marcenaria e serralheria, além de oferecermos o espaço para coworking, que funciona durante toda a semana. O curso fez tanto sucesso que não paramos mais”, revelou, explicando que quando o interessado se inscreve, recebe todos os materiais necessários para as aulas práticas.

Terapia – O designer explica que a Casa da Árvore é geralmente procurada por pessoas que buscam fabricar móveis para suas próprias residências como passatempo. Ou seja, exatamente o que aconteceu durante a pandemia, quando muita gente utilizou o espaço para terapia ou como hobby. Como a graça pegou, muitos não paraam mais.

O fluxo diário varia entre 8 a 12 pessoas no coworking. Já os cursos, em sua maioria, têm duração de um dia com, no máximo, seis pessoas. O mais procurado, batizado de “Bem-vindo à Marcenaria”, custa R$ 299,90 e acontece das 8h30 às 18h. “Nossa missão é, também, incentivar o ‘faça você mesmo’ e levamos em consideração, ainda, a questão da sustentabilidade com o reaproveitamento de material”, detalha.

Edie conta que tudo começou com a ajuda de um amigo que estudou com ele na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O ex-sócio e idealizador do projeto, Leanjoelson, que era coordenador do curso de Designer da Universidade Ceuma à época, fez a proposta. “Eu tinha uma empresa de móveis planejados, mas havia fechado as portas. Como eu tinha muito maquinário e ele também, unimos o útil ao agradável. Decidimos abrir o espaço para podermos usar tudo o que estava parado. E aí, acabei reabrindo a fábrica dentro do próprio espaço”, conta.

O público que mais procura a Casa da Árvore é formado por mulheres, em torno de 65%. O projeto oferece mais de 15 cursos, que acontecem mensalmente. Edie destaca que o de marcenaria moderna, com duração de três semanas, já atraiu dezenas de alunos. “Alguns passaram a trabalhar nessa área e estão se dando muito bem”, finaliza.

 

Preços do aluguel da oficina

  • 1 hora – R$ 24,00
  • 8 horas – R$ 96,00
  • 40 horas – R$ 399,00
  • 160 horas – R$ 960,00

Contato: (98) 99162-4671

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Sucessão empresarial exige união, foco, competência e muita persistência

As metas de crescimento das empresas familiares no Brasil são otimistas. Um estudo da PWC (PricewaterhouseCoopers) aponta que 78% delas esperam bons resultados para este ano. Essa perspectiva positiva se deve ao forte desempenho antes da Covid-19, no qual 63% experimentaram crescimento e apenas 13% registraram redução nas vendas.

Apesar do momento positivo, muitas empresas dessa natureza acabam entrando para o ranking das que fecham as portas antes do terceiro ano de existência. Uma das explicações é a falta de uma boa estrutura organizacional e da implantação de uma estrutura mínima de governança, uma vez que é comum não haver hierarquia administrativa, ou seja, todos os sócios delegam funções e tomam decisões importantes.

A transição entre gerações pode ser um dos principais desafios enfrentados pelo gestor de uma empresa familiar, de modo que o sucessor tenha capacidade de tomar a melhor decisão, bem como enfrentar as dificuldades que encontrará no decorrer do caminho com preparo e necessário empoderamento para tal

“Os desafios começam quando as próximas gerações vão vindo e a família aumenta. Sou parte da segunda geração de uma empresa familiar e hoje conduzo o negócio com um cunhado”, conta o empresário Márcio Búrigo, presidente do Conselho de Administração da Pozosul Cimentos, em atividade desde a década de 1970, sendo pioneira na produção de cimento com adição de cinzas Pozolânicas.

Búrigo comanda uma empresa familiar que pode servir de exemplo para muitas outras no Brasil. O negócio deu bastante certo, apesar das diversas dificuldades à época da transição, pois as rédeas da Pozosul, com sede em Santa Catarina, tiveram de passar de pai para filhos sem nenhum planejamento. O processo foi delicado e exigiu muita superação e aprendizado. A empresa tem um histórico expressivo nesse ramo de atividade, tendo, entre outras coisas, participado diretamente de grandes obras de infraestrutura, a exemplo da construção de hidroelétricas e túneis como fornecedor de cinza e cimento pozolânico.

O empresário conta que ele, a mãe e os irmãos precisaram assumir o controle com a morte do pai, sendo que, nos primeiros anos da transição, quase foram à bancarrota. “Naquela época, na década de 90, os acordos eram muito pessoais (fio do bigode). Havia pouca formalização de contratos. Logo, tudo foi muito difícil, pois nós não tínhamos a experiência acumulada pelo meu pai para poder tomar decisões do dia para a noite”, revela.

A empresa foi fundada por Aryovaldo Búrigo e tinha como objetivo a comercialização da cinza volante originária da queima de carvão do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda. Estudos sobre esse produto levaram Búrigo a pesquisar um cimento que era produzido no exterior, chamado Portland Pozolânico, que possuía em sua composição a mesma cinza que a Pozolana já comercializava.

Mudança repentina

Do dia para a noite, os herdeiros tiveram de tomar decisões sem entender muito do negócio. Surgiram dificuldades financeiras de toda ordem, incluindo atrasos de fornecedores, impostos a pagar, endividamento bancário e por aí vai. A solução veio com muito trabalho, segundo conta Búrigo.

“Contamos com a tecnologia e a informatização. Foi preciso reorganizar processos e documentos, a parte contábil, jurídica e a administrativa, o que levou entre seis ou sete anos até a estabilidade”, conta.

A família utilizou modelos de governança, como, por exemplo, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) para poder trabalhar em diferentes planos. “Nós começamos meio que dividindo as tarefas, mas todo mundo tocava. Até formalizar um outro modelo, que depois veio com o Conselho de Administração, separado do Conselho de Família. Alguns familiares não participarem mais do negócio”, detalha.

O executivo afirma que, mesmo atuando em um setor bastante tradicional que é o da construção civil, a nova proposta da empresa se volta muito para todas as possibilidades de inovação. “Assim como meu pai inovou ao utilizar um resíduo da usina termelétrica como componente do cimento hoje usado no Brasil inteiro, acreditamos que a inovação como base é importante para a nossa continuidade, usando a tecnologia ou não, mas principalmente instigando a mentalidade das pessoas que compõem nossa equipe”, frisa.

Márcio Búrigo foi em busca de conhecimento e aprendizado para administrar o negócio da família. Ele é pós-graduado em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais pela FGV e tem especialização em Marketing pela Madia Associados SP, além de muitos cursos de especialização em diversas áreas.

Além disso, possui certificação financeira CPA-20 pela Anbima e expertise no desenvolvimento de projetos imobiliários inteligentes em São Paulo e Santa Catarina. Ele é, também, responsável por liderar processos de M&A (fusões e aquisições), pela reestruturação de empresas e implantação de Governança Corporativa e Advisor de performance para empresários e empresas familiares.

No Brasil, as empresas mais bem-sucedidas são também longevas, pois possuem uma gestão estável e agem rapidamente. Elas são de fundamental importância e podem ser consideradas um dos pilares da economia. Há diferentes tipos, sendo que as mais conhecidas são a tradicional, onde a administração é exercida pelos próprios sócios, a híbrida, cuja administração é formada por sócios e por executivos, e a profissionalizada, cujos sócios são apenas quotistas, sendo a administração exercida, em quase sua totalidade, por profissionais contratados para essa finalidade mais comum nas SA de capital aberto.

Há vários aspectos que caracterizam uma empresa familiar e um deles é o senso intenso de propriedade. Como herdaram o patrimônio dos pais e dos avôs, a responsabilidade de continuar os negócios torna-se, às vezes, um pesado fardo, já que os herdeiros não tem no negócio seu sonho de vida. Um outro aspecto diz respeito à longa permanência dos membros (geralmente o patriarca concentrador) da família na empresa.

Segundo o IBGE, as empresas familiares representam cerca de 90% dos empreendimentos. Apesar desse percentual expressivo, apenas 24% delas se prepararam para a sucessão. Visando garantir a longevidade e manter a competitividade, tornando-as mais duradouras. A sucessão, por meio de um planejamento bem feito, é de fundamental importância, uma vez que ele proporcionará não só uma melhor operação com redução de custos, mas organizará a passagem do patrimônio para os herdeiros e sucessores de uma forma gradual, organizada, simples e desburocratizada.

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Realidade aumentada na construção civil e arquitetura é tendência

A moda agora na construção civil é a interação do real com o virtual. Engenheiros e arquitetos estão projetando a realidade das obras aos modelos que estão nas telas dos computadores, algo que os profissionais maranhenses também já dominam. As áreas de arquitetura, engenharia e construção civil estão entre as indústrias que terão maior impacto causado pela realidade aumentada, ficando atrás apenas das de jogos e educação.

Por meio de aplicativos de celular ou tablet, é possível projetar elementos e visualizá-los na tela do aparelho, ou ainda, pode-se observar os objetos no meio físico, com o auxílio de óculos de realidade aumentada.

A ideia de utilização desses aplicativos é realmente auxiliar no momento da obra, pois isso proporciona uma visão mais exata do que será construído, dos materiais, instalações e passo a passo, que muitas vezes é difícil de entender apenas por desenhos. Assim, plantas 3D e hologramas de maquetes são usados para melhorar a compreensão e facilitar a execução.

Um exemplo é quando queremos comprar algum móvel e alguns aplicativos que contêm a realidade aumentada nos permitem ver como ficará no local escolhido apenas usando a câmera do seu celular. É uma interação muito intuitiva a respeito das estruturas e dos ambientes. Uma tecnologia que possibilita identificar e corrigir as inconformidades geométricas, bem como controlar as ações para que o resultado seja mais assertivo.

Os responsáveis pela obra, tais sejam, engenheiros, arquitetos e mestres de obras, podem, ao mesmo tempo e em tempo real, observar o andamento da construção. Para tal, eles nem precisam estar em um mesmo local, uma vez que o software pode ser acessado de qualquer local em que a pessoa esteja, basta ter o programa adequado no computador e acesso à internet. Isto é possível também na arquitetura.

Avaliações – Aliás, tanto em uma quanto na outra a visualização antecipada das formas pode acelerar a avaliação de resultados e de simulações, bem como auxiliar a fabricação de componentes estruturais e agilizar o cotidiano da obra. O impacto é percebido na aceitação dos projetos, nos custos e no valor agregado ao serviço. O melhor de tudo é que a realidade aumentada é capaz de antecipar o resultado final.

No caso da arquitetura, programas são úteis não somente para a decoração de interiores ou pequenos ambientes, mas é possível criar espaços interativos com projetos em 3D, maquetes e até desenhar em três dimensões. A percepção da luminosidade e o dimensionamento dos cômodos são os recursos mais procurados nessa tecnologia. A imersão proporcionada pelas imagens em realidade aumentada traz credibilidade e reduz as chances de dúvidas por parte dos clientes e de erros por parte dos parceiros da obra.

Alguns aplicativos já mostram, por exemplo, o passo a passo de procedimentos e instalações de equipamentos nos canteiros de obras. Isso pode diminuir muito a ocorrência de erros. Além disso, a realidade aumentada possibilita diversos cenários de canteiros de obras e isso auxilia muito no momento de pôr a mão na massa. Os treinamentos desempenham um papel de destaque no sucesso da empresa e com a essa tecnologia, fica mais fácil fazer isso.

 

Realidade Aumentada? Como assim?

Nada mais é do que uma mistura de elementos virtuais e reais em um ambiente físico, diferente da realidade virtual, que cria um ambiente totalmente novo e independente do mundo real. Ela já vem sendo usada há algum tempo e está se popularizando por agora estar viável em celulares e tablets. Além disso, pode beneficiar arquitetos, engenheiros e toda a equipe de construção, aumentando a precisão e eficiência, reduzindo os erros e economizando tempo, dinheiro e recursos.

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