Melhor qualidade

Refinaria da Oil Group será primeiro projeto industrial da ZPE de Bacabeira

SÃO LUÍS – Sinal verde para o primeiro projeto da Zona de Processamento de Exportação de Bacabeira (ZPE), que cobrirá 8 milhões de metros quadrados de área locável, contando com heliporto, refeitório, ramal ferroviário próprio e espaço para eventos. O governador do Maranhão, Carlos Brandão anunciou, oficialmente, que a Oil Group Maranhão instalará sua refinaria na ZPE com um investimento estimado de 1,3 bilhão de dólares em até cinco anos.

Operando no mercado de petróleo e gás, a Oil Group é formado pela Oil Group Holding US Oil, com sede em Houston, Texas (EUA), e, no Brasil, atua por meio da Oil Group Brasil Oil, com sede no Rio de Janeiro, além da Oil Group Investimentos em Refinaria S.A. O governo estadual, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos, manteve diversos contatos com o grupo empresarial, obtendo informações estratégicas fundamentais para a atração do investimento

“Esse projeto garante novas oportunidades e empregos, além de promover um desenvolvimento sustentável que beneficia todos os maranhenses”, destacou Carlos Brandão em uma postagem em suas redes sociais.

Além do quadro permanente de 300 funcionários, sendo 100 com nível superior e 200 com nível médio, o projeto vai gerar cerca de dois mil empregos diretos em sua fase de construção e implementação, ou seja, projeto, construção, montagem e testes pré-operacionais.

Segundo a lei, é preciso que seja encaminhado aos Conselhos das ZPEs nesse pedido pelo menos um projeto industrial. No caso do Maranhão, foi encaminhado o projeto-âncora da minirefinaria modular da Oil Group. Os módulos serão de 20 mil barris de petróleo por dia, devendo atingir 50 mil barris por dia na sua terceira etapa. No total, serão etapas sucessivas de 20+20+10. Nessa tecnologia, a refinaria é construída em módulos pré-montados que vão se acoplando uns aos outros.

O Maranhão possui áreas com condições privilegiadas para acomodar este tipo de empreendimento. A implantação da refinaria modular atenderá de forma privilegiada as questões logísticas regionais pré-existentes e permitirá a otimização dos custos finais dos produtos demandados pelos mercados externos e interno, confore atestam os técnicos, pois a posição geográfica é favorável ao comércio exterior e implica em rotas marítimas mais curtas para a Ásia (Canal do Panamá), Europa e Estados Unidos.

Os investidores também levaram em consideração que a área está localizada na extremidade da faixa denominada MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que concentra grandes produtores do agronegócio brasileiro, dispondo de toda a infraestrutura logística, ou seja, rodovias, ferrovias, portos, energia e telecomunicação.

A refinaria a ser instalada da ZPE de Bacabeira terá produção de óleo combustível pesado (Bunker) para exportação com o abastecimento de navios graneleiros de grande de bandeira estrangeira, com possibilidade de utilização de área no Porto do Itaqui para a instalação de terminal visando ao recebimento de petróleo bruto a ser importado, principalmente, dos Estados Unidos. Há, ainda, possibilidade de implantação futura de linha de dutos para a transferência de óleo para a refinaria.

Cultura exportadora

As ZPE são áreas criadas com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento da cultura exportadora, a difusão tecnológica e reduzir desequilíbrios regionais. As empresas que se instalam em tais espaços têm acesso a tratamento tributário, cambial e administrativo específicos para promover a maior competitividade de seus produtos no mercado internacional.

A produção no espaço da ZPE, destinada à exportação, garante às empresas suspensão do recolhimento de IPI, Pis-Cofins, Imposto de Importação e AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) na aquisição de máquinas, equipamentos e instalações e, também, para insumos e matérias-primas, com a conversão em isenção ou alíquota zero no caso de posterior exportação do produto final.

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Zona de Processamento de Exportação vai atrair centenas de empresas e gerar milhares de empregos no Maranhão

O projeto estadual em Bacabeira prevê uma infraestrutura com oito milhões de metros quadrados de área locável

SÃO LUÍS – Atrair investimentos estrangeiros voltados predominantemente para as exportações, colocar as empresas nacionais em igualdade de condições com seus concorrentes de outros países e aumentar o valor agregado das exportações são alguns dos objetivos da Zona de Processamento de Exportação do Maranhão (ZPE), aprovada pelo Governo Federal e validada pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação no mês de maio deste ano.

Com a aprovação da criação da ZPE, no município de Bacabeira – MA, o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação poderá avaliar a instalação de projetos industriais na região. O primeiro já apresentado prevê a instalação de uma refinaria modular de combustível com potencial de produção de combustível sustentável para a aviação.

O regime das Zonas de Processamento de Exportação é um importante instrumento para promoção da industrialização do Brasil, com foco em produtos e serviços brasileiros com atratividade internacional. A ZPE vai atrair centenas de empresas e gerar milhares de empregos, deixando o Maranhão altamente competitivo por meio da exportação de produtos que terão isenção fiscal. Assim sendo, o estado vai atrair diversas empresas de forma natural.

O projeto estadual em Bacabeira prevê uma infraestrutura com oito milhões de metros quadrados de área locável, área alfandegária com três galpões de 1.800m², pátio para contêineres, heliporto, refeitório e espaço de eventos. A ZPE tem potencial para atrair empresas dos setores de siderurgia e metalurgia e, ainda, indústrias de não ferrosos (alumínio), petrolíferas (refinarias) e de alta tecnologia (eletroeletrônicos e espacial), além de investimentos em agroindústria alimentar, hidrogênio verde e indústria de transformação.

Além das novas vagas de trabalho, a ZPE-MA também vai favorecer novas conexões rodoviárias, ferroviárias, portuárias e aeroportuárias. Além de desenvolver a cultura exportadora e fortalecer a balança comercial, esse tipo de projeto contribui para o desenvolvimento local e para a diminuição das desigualdades regionais, com difusão tecnológica e a criação de vagas de emprego. O Brasil chegou a autorizar a criação de mais de 20 dessas zonas, mas somente conseguiu colocar duas delas em funcionamento: a de Pecém, no Ceará, e, mais recentemente, a de Parnaíba, no Piauí.

Duas principais razões explicam por que as ZPEs, apesar de irem muito bem no resto do mundo, demoraram tanto a sair do papel no Brasil: a falta de competitividade da legislação de regência e o arraigado protecionismo da indústria nacional, que sempre contou com a simpatia da área do governo responsável pelo programa.

Estímulo

A implantação de ZEEs vem sendo estimulada pelas mais importantes entidades internacionais voltadas para a promoção do desenvolvimento, tais como o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, a Conferência das Nações Unidas para Comércio e o Desenvolvimento e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Essas instituições têm apoiado a criação de ZEEs em várias partes do mundo.

As empresas industriais instaladas em ZPE têm direito a um pacote de incentivos tributários, cambiais e administrativos, conforme a Lei 11.508/2007, com as modificações introduzidas pela Lei 14.184/2021). Entre esses incentivos estão a suspensão de impostos nas importações e aquisições no mercado interno de insumos, a exemplo do Imposto de Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS e PIS-Importação, Cofins e Cofins-Importação, Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) e liberdade cambial, além de procedimentos administrativos simplificados nas exportações e importações.

Quando os produtos fabricados por essas empresas forem exportados, a suspensão se converte em isenção. E, quando vendidos no mercado interno, serão cobrados os impostos/ contribuições suspensos, acrescidos de uma multa, que poderá ser evitada com o pagamento dos tributos na ocorrência do fato gerador. Tudo isso garantido por 20 anos prorrogáveis, conforme uma lei aprovada pelo Congresso Nacional. Não haverá risco, portanto, de mudança nas regras do jogo, por todo esse período. Em outras palavras, tem-se segurança jurídica.

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Gigante norte-americana projeta expansão pelo Nordeste e terá resort em Barreirinhas

Maior empresa de franquia de hotéis do mundo, com mais de 9.200 empreendimentos em cerca de 95 países, a Wyndham Hotels & Resorts começou 2024 no Brasil com a área de novos negócios aquecida. Já nos primeiros meses deste ano, a companhia alcançou a marca de cinco contratos assinados, sendo todos projetos de multipropriedade. Um deles será o Wyndham Lençóis Maranhenses Blue Resort, em Barreirinhas (MA).

O novo empreendimento, que tem abertura prevista para os próximos anos, prevê estrutura atraente com localização paradisíaca. O Wyndham Lençóis Maranhenses Blue Resort terá mais de 1800 m2 de lâmina d’agua que compõem as sete piscinas do complexo e uma extensa área de lazer com jacuzzis, sauna, bar molhado, lounges e bangalôs. Para a diversão, o resort oferecerá salão de jogos, complexo infantil com área baby, kids e teen, além de cineminha e brincadeiras ao ar livre no Acqua Kids e playground.

Para os adeptos das atividades físicas, uma ampla academia com equipamentos modernos e quadras de beach tennis ao ar livre completam a estrutura. O wellness não ficou de fora. O resort terá salão de beleza e spa, além de agência de viagens, loja de conveniência e um centro de convenções para eventos corporativos e sociais, único na cidade de Barreirinhas. O novo complexo nasce com o conceito pet friendly e vai contar com um pet shop e um pet play.

O empreendimento de 325 apartamentos tem investimento projetado de cerca de R$ 150 milhões, a ser feito pela Azure Resorts, empresa maranhense do setor de resorts e multipropriedades, que traz consigo ampla expertise no mercado da construção civil e incorporação imobiliária. A companhia nasceu da união de três empresas do segmento, todas com mais de 20 anos de experiência.

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Empresas que cultivam boas práticas ambientais têm melhores resultados

 

Um estudo realizado recentemente pelo The Boston Consulting Group aponta que as empresas que cultivam boas práticas ambientais apresentam resultados melhores ao longo do tempo. Um bom exemplo é o uso de energia renovável, como a adesão às placas solares. É que o uso de equipamentos de grande porte em processos de produção representa alto consumo de energia. Com isso, a possibilidade de reduzir os gastos beneficia a indústria ao decidir pela energia sustentável.

Os setores da indústria, comércio e serviços representam cerca de 39,5% de toda energia solar utilizada no Brasil, atualmente, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. No Maranhão, um bom exemplo vem da Granorte S/A, com sede no município de Bacabeira. Trata-se da maior pedreira do estado e que atua com permanente investimento em tecnologia, máquinas e equipamentos.

A empresa investiu maciçamente em energia renovável e passou a dispor de uma usina solar para reduzir os impactos ambientais. A pedreira, conquistou, há alguns anos, a certificação de  Gestao Ambiental ISO 14001, bem como a certificação de Qualidade ISO 9001, a única da região as duas certificações.

O investimento em uma usina solar de 2 MWh,  se deu a partir da parceria com uma empresa de consultoria em gestão de energia elétrica consolidada no Brasil.

“Nossa ideia é alinhar sustentabilidade e desempenho financeiro, ao mesmo tempo em que reduzimos os impactos ambientais. Nós temos mais de 50 motores elétricos de diferentes potências em operação diariamente. É uma economia  que já pode ser empregado em outras coisas”, diz Pedro Salgueiro, que integra a diretoria da Granorte.

A energia solar acaba sendo a favorita entre as opções disponíveis no mercado por ser mais econômica a longo prazo, além de sustentável. No geral, em meio a uma das maiores crises hídricas da história do Brasil, os baixos níveis nos reservatórios de água refletiram negativamente no bolso da população. Com o aumento considerável na conta de energia, o cidadão tem buscado alternativas mais baratas e acessíveis no consumo de energia.

A alternativa de acompanhar em tempo real a quantidade de energia elétrica que está sendo produzida por meio da luz solar também é uma medida eficaz na redução do consumo, diminuindo custos que podem ser utilizados para a modernização da empresa e gerando mais lucro nos produtos com o valor agregado que a marca conquista por meio de reconhecimento de responsabilidade social atraindo e fidelizando o consumidor consciente e, também, recebendo mais valor no mercado de ações.

Investir em sistema de energia solar implica em retorno certo em uma fonte de energia que vai gerar economia de até 95% na conta de luz. A popularização do setor, em virtude dos benefícios, é um dos principais motivos que têm motivados empreendedores a instalarem energia solar em seus negócios.

Benefícios

São muitos os benefícios. É uma fonte de energia limpa e enquanto houver sol, haverá energia. As placas solares têm vida útil de 25 anos, e o investimento tem retorno em cinco anos, em média. É uma tecnologia livre de ruídos ou barulhos indesejáveis e se trata de um sistema de energia seguro.

Hoje em dia, o setor que mais investe em energia solar no Brasil é o de serviços e negócios. Um dos principais benefícios desses estabelecimentos é a redução imediata na conta de luz. Segundo estudos, essa economia acaba sendo convertida em potenciais diferenciais competitivos para as empresas, o que é outro diferencial para esse setor.

Nos segmentos do “líder” dos setores que mais investem em energia solar no Brasil, os restaurantes lideram o ranking de empresas que contam com o sistema. Escolas e faculdades aparecem logo abaixo. Assim como hotéis, padarias e academias finalizam os cinco segmentos que mais utilizam a energia solar.

No caso das pequenas empresas, a economia obtida a partir da instalação de um sistema de energia solar consegue dar uma segurança em relação ao desenvolvimento do empreendimento. A partir disso, é possível investir em equipamentos, parcerias e até mesmo em tecnologias.

Em segundo lugar na lista de setores que mais investem em energia solar, o agronegócio, um dos principais setores do nosso país, vem aderindo cada vez mais ao sistema de geração própria de eletricidade. Um dos principais pontos positivos do investimento para esse setor é a economia. Afinal, os produtores precisam muito do uso de energia, porém os altos valores das contas de energia comprometem o orçamento.

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Linha ferroviária construída pela China vai cruzar o deserto do Saara

 

Destinada a conectar a mina de ferro Gâra Djebilet, uma das mais significativas globalmente, ao resto da rede ferroviária do país, a China deu início à construção de uma linha ferroviária de 575 km na Argélia. A mina localizada no Deserto do Saara é parte de um acordo maior entre os dois países, que compreende a construção de mais de seis mil quilômetros de trilhos, com investimentos na ordem de US$ 36 bilhões.

A colaboração entre a China Railway Construction Corporation (CRCC) e a Argélia reflete um esforço contínuo para diversificar a economia argelina, atualmente dependente do petróleo e gás.

A nova infraestrutura não só facilitará o acesso ao ferro, que é essencial para a indústria siderúrgica chinesa, como também promete criar milhares de empregos, ligando regiões isoladas e potencializando o desenvolvimento econômico local.

Além disso, o projeto surge em um contexto de necessidade mútua. A China, um dos maiores produtores de aço do mundo, busca reduzir sua dependência de importações de ferro, especialmente da Austrália, com quem teve relações tensas nos últimos anos. Por outro lado, a Argélia procura aproveitar seus recursos minerais como uma alternativa às receitas do petróleo e gás.

O projeto é apenas uma parte dos acordos de cooperação firmados entre os dois países, que já resultaram na construção de mais de 1.200 quilômetros de rodovias na Argélia nos últimos 16 anos.

A China também se tornou a maior fonte de importações para a Argélia, fortalecendo ainda mais os laços econômicos e estratégicos entre as duas nações.

O interesse da China na mina de ferro se deve ao fato de o país ser um dos principais produtores de aço, mas que importa praticamente todo o ferro que utiliza e 70% dessas importações vêm de um único país: a Austrália. O problema é que as relações entre os dois países não eram as melhores há alguns anos e a China tem procurado diversificar as suas fontes.

Em 2017, a ideia de explorar a mina Gâra Djebilet começou a ser explorada, mas foi um desafio por dois motivos: o primeiro foi que ela fica no meio do nada, então algo como uma linha de trem muito longa teria que ser implantada. A segunda é que o ferro da mina contém grande quantidade de fósforo, algo que pode prejudicar o aço em certos níveis. Agora eles podem ter encontrado a chave para separar os dois minerais.

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Workshop discute transição energética

 

As projeções do Banco Mundial indicam que, nas próximas décadas, haverá um crescimento exponencial da demanda por alguns minerais, como cobre, lítio, grafita, cobalto e níquel, para atender ao consumo gerado pela transição energética.

Em razão dessas projeções, várias questões têm surgido, tanto por parte dos produtores desses minerais quanto das empresas que precisam deles para suprir o mundo das tecnologias e produtos que a descarbonização requer.

Foi justamente esse o assunto abordado no workshop “Minerais da Transição: Energias Limpas, Mobilidade e Novas Tecnologias”, realizado recentemente pela Brasil Mineral em São Paulo.

Foram debatidas questões como os caminhos para parcerias entre produtores de matérias-primas e consumidores; de que forma as indústrias de veículos elétricos, geração de energias limpas renováveis e outras tecnologias que contribuem para a descarbonização do mundo podem atuar conjuntamente com os produtores das matérias-primas minerais que elas demandam; e o papel que pode ser desempenhado pelo nióbio (do qual o Brasil é o maior produtor mundial) nas tecnologias para transição energética.

Dividido em três painéis, o evento reuniu representantes da cadeia de produção de minerais considerados essenciais para a transição energética e empresas produtoras de veículos elétricos e energias limpas e procurou discutir conjuntamente de que forma se pode enfrentar o desafio de suprir o mundo dos minerais que a transição energética requer.

O workshop foi idealizado para proporcionar o diálogo entre os diversos atores dessa cadeia e abrir o leque de discussões, visando contribuir para quebrar o paradigma do setor mineral falando para si mesmo, como ocorre na maioria dos casos.

Um dos painéis abordou como e quanto o setor automotivo pode colaborar com a indústria de mineração e o papel que todos têm para a descarbonização. Aliás, o grande desafio que a indústria automobilística tem hoje é a descarbonização, pois a emissão do dióxido de carbono em suas várias formas precisa ser mitigada ou zerada. E isso depende de toda a cadeia do automóvel.

Outro painel discutiu o que está acontecendo no Brasil em termos de evolução da produção e consumo de energias limpas, o papel que se espera para esse tipo de energia no futuro, para compor com energia hídrica (também renovável), um portfólio que deixa o Brasil numa posição única no mundo: um país em que mais de 90% de sua geração vem de fontes que não são as chamadas “fontes sujas”.

O evento mostrou que o Brasil tem recursos e tecnologia para desempenhar um papel preponderante na transição energética e se trata de discutir caminhos para agregar valor aos recursos que produz.

O Brasil tem uma posição ímpar na produção de terras raras, principalmente aquelas provenientes de argilas iônicas, cujo processo de produção é muito mais sustentável do ponto de vista ambiental. O setor tem se unido no sentido de procurar verticalizar a produção, indo desde a mineração até os produtos finais.

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Indústrias brasileiras ampliam volume de produção

 

Diante de uma melhora substancial na demanda, crescimento da atividade industrial do Brasil atingiu um pico de quase dois anos em fevereiro. Esse comportamento impulsionou a produção, conforme a pesquisa Índice de Gerentes de Compras.

O PMI da indústria brasileira subiu a 54,1 em fevereiro, de 52,8 em janeiro, chegando ao nível mais alto em 20 meses. A marca de 50 separa crescimento de contração.

As indústrias brasileiras registraram em fevereiro a segunda melhora seguida na entrada de novos trabalhos, no ritmo mais forte desde julho de 2021, embora as vendas internacionais tenham voltado a cair.

Tendo em vista essa melhora, os produtores ampliaram os volumes de produção, que chegou ao nível mais elevado em mais de dois anos e meio, com aquisições de maquinário e tentativas de reconstruir estoques.

O setor buscou aumentar a capacidade contratando funcionários de forma permanente em fevereiro, com o nível de emprego chegando ao nível mais forte em mais de um ano e meio.

É certo que os custos dos insumos aceleraram em fevereiro, mas a inflação no segmento ainda permaneceu abaixo da média de longo prazo. Enquanto algumas empresas citaram preços mais elevados de químicos, componentes eletrônicos, alimentos e fretes, outras relataram reduções em commodities agrícolas, combustíveis, gás natural e aço.

Algumas, no entanto, optaram por repassar parte dos custos aos clientes, resultando em um aumento dos preços cobrados, ainda que de forma moderada.

Um fator que ajudou a restringir a inflação de insumos foi a falta de pressão nas cadeias de ofertas, com os tempos de entrega de insumos aumentando apenas ligeiramente. As empresas que informaram atrasos citaram a lentidão de fretes internacionais, escassez de matéria-prima e bloqueio de importações, de acordo com o levantamento.

Em relação às perspectivas para os próximos 12 meses, os produtores brasileiros mostraram-se otimistas diante da inflação contida e da queda da taxa de juros, citando ainda lançamento de novos produtos e expectativas favoráveis para a demanda.

Após cinco cortes consecutivos de meio ponto percentual pelo Banco Central, a taxa Selic está atualmente em 11,25%, nível ainda elevado e restritivo à atividade econômica. O BC tem indicado manutenção do ritmo de afrouxamento monetário para as próximas reuniões, mas ponderando que os juros devem continuar em patamar contracionista.

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Obras de infraestrutura são esperança de menos problemas em períodos chuvosos na capital maranhense

Alagamentos e transtornos causados por chuvas em diversos bairros têm sido problemas recorrentes em São Luís. A cada gestão, o poder público executa forças-tarefas voltadas para serviços de melhoria da infraestrutura, que nem sempre dão o resultado esperado. No entanto, o esforço é grande para mudar a realidade e evitar uma série de desdobramentos negativos.

Recentemente, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos de São Luís deu início a mais de 250 obras simultâneas com foco na resolução de problemas históricos causados por precipitações.

Mais de 40 obras de drenagem profunda começaram a ser realizadas em diversas áreas críticas. É o caso de bairros como Jambeiro, Vila Embratel, Santa Clara, Vila América, Vila Sapinho, Cidade Olímpica, Coroadinho, Vila dos Frades do Coroadinho e Avenida Lourenço Vieira da Silva, entre muitas outras localidades.

“Nossa intenção é encerrar problemas crônicos de alagamentos, implementando intervenções em áreas historicamente afetadas. A construção de toda essa infraestrutura desempenhará um papel essencial na prevenção de alagamentos, dando segurança aos moradores desses bairros em períodos chuvosos”, ressalta o prefeito de São Luís, Eduardo Braide.

Ao resolver alagamentos recorrentes em determinadas áreas, segundo o titular da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, David Col Debella, as ações implementadas não apenas melhoram imediatamente a qualidade de vida dos habitantes, mas, também, estabelecem uma base sólida para o desenvolvimento urbano diante das mudanças climáticas.

“Estamos implementando não apenas soluções pontuais, mas construindo uma cidade mais preparada para os desafios climáticos que o futuro pode nos apresentar”, pontua Col Debella.

Na região que conecta os bairros Santa Bárbara e Cidade Olímpica, por exemplo, destaca-se o avanço na implementação da drenagem profunda ao longo dos quase 2 km da Rua da Secretaria, no bairro Santa Clara. A via desempenha uma função crucial ao conectar vários bairros da Zona Rural que historicamente enfrentam muitos problemas de alagamento.

Pavimentação de ruas

 

Todas as obras de drenagem são finalizadas com implantação de nova pavimentação. O programa ‘Asfalto Novo’, criado em 2021, no primeiro ano da atual gestão municipal, já concretizou a pavimentação de mais de 600 km em mais de 230 vias e 37 bairros. Esse esforço incluiu ruas e localidades que nunca foram asfaltadas, especialmente na Zona Rural.

Em conjunto com as intervenções de drenagem, o solo passa por um preparo que otimiza a aplicação do asfalto. Esse enfoque integrado não apenas aprimora a infraestrutura viária, mas contribui diretamente na longevidade dos serviços.

Os moradores compartilharam sua alegria e alívio ao verem as máquinas em ação, na esperança de que a realidade mude. Raimundo Pereira, 71, foi um dos primeiros moradores a chegar no Residencial Nestor. O aposentado, que já mora lá há mais de 20 anos, ressalta o período de espera dos moradores e de alguns dos desafios enfrentados.

“Sou um dos fundadores do bairro e a gente estava lutando há muitos anos por essas melhorias. Aqui, os carros de lotação não querem entrar, mas, agora, com a chegada do asfalto, esperamos que tudo melhore”, frisa Raimundo Pereira.

Luciana Felisberto, que também mora no Residencial Nestor, há 19 anos, e ocupa o cargo de presidente do Instituto Projeção Para Mulheres (IPM), um projeto que promove diálogos sobre garantia de direitos, políticas sociais e combate ao feminicídio entre as mulheres da comunidade.

“Esperamos ansiosamente por este momento. Ver as máquinas aqui é a realização de um sonho, estamos vivenciando algo que parecia impossível e que hoje é possível graças ao prefeito, e nós só temos que agradecer”, diz Luciana Felisberto.

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ESG estará entre as temáticas da Expo Indústria Maranhão 2023

A Expo Indústria Maranhão 2023, a ser realizada de 9 a 12 de novembro, no Multicenter Negócios e Eventos, será palco para a realização de painéis e palestras técnicas sobre as práticas ESG, que estão ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. O conceito reúne as políticas de meio ambiente, responsabilidade social e governança.

O evento será uma oportunidade ímpar para que o público esteja em contato com especialistas dessa área e conheça os cases de empresas maranhenses que já implementam tais práticas.

No pilar ambiental, as empresas estão concentradas em questões como redução de emissões de gases de efeito estufa, uso eficiente de recursos naturais e gestão de resíduos. No pilar social, por sua vez, as corporações nacionais enfatizam questões como diversidade, equidade e inclusão, capacitação e desenvolvimento de funcionários e responsabilidade social. Finalmente, no pilar de governança, as empresas estão focando em questões como transparência, accountability e ética.

De acordo com a pesquisa da Amcham Brasil, da qual participaram mais de 500 empresas, as práticas ESG estão ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro, mas ainda há desafios. Algumas das conclusões do Panorama são: 47% das empresas brasileiras já aderiram a práticas ESG e 31% planejam aderir em breve.

O setor que apresenta maior adesão é o de serviços financeiros, seguido pelo de tecnologia e telecomunicações. Os principais motivos para a adoção de práticas ESG são o fortalecimento da reputação da marca (61%), ter impacto positivo em questões socioambientais (57%) e reduzir riscos (40%).

Expo Indústria

A Expo Indústria Maranhão 2023 espera receber um público superior a 40 mil pessoas e gerar cerca de R$ 290 milhões em negócios.

Além dos painéis e palestras técnicas, a feira terá muitos espaços com programação simultânea para todos os públicos, como Expo Show, Expo Agro, Terminal de Inovação, Expo Summit, Expo Fornecedores e Plenarium.

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Construção movimentará quase R$ 800 bilhões até 2026

A indústria da construção deverá movimentar R$ 796,4 bilhões na economia brasileira até 2026. O montante considera R$ 663,6 bilhões em investimentos em habitação e infraestrutura e R$ 132,8 bilhões relacionados à demanda por insumos da cadeia produtiva. As informações são de um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

Dos R$ 663,6 bilhões, o estudo destaca que a previsão é de que a área de habitação receba R$ 316,7 bilhões, relacionados ao programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Para a área de infraestrutura, considerando, por exemplo, investimentos em rodovias, ferrovias e saneamento, estão previstos R$ 346,9 bilhões.

Entre os investimentos atrelados à cadeia produtiva (R$ 132,8 bilhões), destacam-se R$ 28,48 bilhões do setor de minerais não metálicos e R$ 18,31 bilhões da metalurgia (R$ 18,31).

Os valores apresentados para o Novo PAC são uma injeção de ânimo no setor de infraestrutura. A análise por regiões mostra que o Sudeste receberá o maior volume de recursos (R$ 233,17 bilhões). Em seguida estão o Nordeste (R$ 204,13), o Norte (R$ 85,60), o Centro-Oeste (R$ 73,33) e o Sul (R$ 67,35).

Barreiras burocráticas

No entanto, barreiras burocráticas em processos no setor de construção podem custar R$ 59,1 bilhões a empresas e governo até 2025 em potenciais ganhos desperdiçados, ao atravancar fatores como atração de capital, competitividade das organizações e criação de postos de trabalho. A conclusão integra o estudo “Burocracia na construção: o custo da ineficiência nos processos”, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O levantamento foi realizado entre março e abril e ouviu 40 executivos das maiores empresas de construção imobiliária e de infraestrutura que atuam no Brasil, além de lideranças de órgãos públicos e de cartórios, buscando identificar os principais desafios burocráticos que afetam projetos de construção no país.

Foram identificados e consolidados os maiores obstáculos ao setor da construção, comuns aos dois segmentos, além dos principais entraves específicos. No ranking dos maiores entraves, na construção imobiliária, na qual a liberação de um projeto pode levar até dois anos, 74% dos entrevistados citam o tempo para aprovação de documentos nas prefeituras como maior problema, devido à falta de previsibilidade e planejamento e à necessidade de frequentes revisões.

Já no setor de infraestrutura, em que a espera pode se prolongar por até sete anos, 78% consideram o prazo demorado nos órgãos públicos como o maior entrave.

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