Brasil firma parceria sobre transição energética, mineração e outras áreas
O Brasil fechou um acordo com os Estados Unidos sobre transição energética. A “Nova Parceria Brasil-EUA para a Transição Energética” prevê colaboração bilateral em três pilares principais: produção e implantação de energia limpa, desenvolvimento da cadeia de suprimento de tecnologia de energia limpa e industrialização verde.
O documento foi assinado com o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que deixará o cargo em janeiro. No entanto, não se sabe se o presidente eleito, Donald Trump, manterá os acordos firmados pelo antecessor. Trump nega as mudanças climáticas e é também um forte crítico da China, dando sinais de que vai acirrar as disputas comerciais com o país asiático.
Esta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram acordos de cooperação em mais de 15 temas, como agronegócio, intercâmbio educacional, cooperação tecnológica e investimentos em diversas áreas. As parcerias envolvem áreas de mineração, infraestrutura, indústria, energia, finanças, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde e cultura.
Mineração
A mineração, por exemplo, representa uma das atividades econômicas e industriais que contribuem de forma significativa para o desenvolvimento socioeconômico do país. A exploração de recursos minerais no Brasil está ligada com a sua própria história, desde o seu período de ocupação em busca pelo ouro no interior do país.
Além da importância econômica, a mineração pode ser uma ferramenta de crescimento sustentável para regiões isoladas. No Brasil, cerca de 80 minerais são extraídos para atender às necessidades do País e do mundo. Por meio da mineração, o Ministério de Minas e Energia trabalha para construir um futuro melhor para os brasileiros.
No ano passado, o faturamento da indústria da mineração brasileira se manteve estável em em relação ao ano anterior, passando de R$ 250 bilhões para R$ 248,2 bilhões, uma redução de 0,7%. Minas Gerais aparece com a maior participação no faturamento: 41,7% em 2023 – passando de R$ 100,5 bilhões em 2022 para R$ 103,6 bilhões. Já entre as substâncias, minério de ferro e ouro registraram queda, em dólar, de 3,6% e 11,9%, respectivamente. Cobre, calcário, granito e bauxita registraram alta de 6,5%, 11%, 25,6% e 0,3% no faturamento.
O setor mineral no Brasil mostra sinais de crescimento e diversificação, com as 200 maiores empresas do setor respondendo por mais de 90% do valor da produção mineral e 93% da Contribuição Financeira pela Exploração Mineral. A Vale, por exemplo, é uma gigante global na produção de minério de ferro e níquel. A empresa planeja expandir sua capacidade de produção em 50 milhões de toneladas até 2026.
Parceria
A China, como se sabe, é o principal parceiro comercial do Brasil há 15 anos. No ano passado, a corrente de comércio atingiu recorde de US$ 157,5 bilhões, segundo o Ministério das Relações Exteriores. De janeiro a outubro deste ano, o intercâmbio entre os países foi de US$ 136,3 bilhões. As exportações brasileiras alcançaram US$ 83,4 bilhões e as importações, US$ 52,9 bilhões, um superávit de US$ 30,4 bilhões.
Em 2023, no primeiro ano de seu terceiro mandato, Lula fez uma visita à China para fortalecer as relações com o país. Neste ano, China e Brasil completaram 50 anos de relações diplomáticas.
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