Ressaltar o compromisso da empresa com a qualidade de seus produtos, serviços e com o desenvolvimento profissional de seus colaboradores é o propósito do selo de qualidade, que passou a fazer a diferença aos olhos dos consumidores nos últimos anos. São diversos os tipos e cada um foca em determinada área de produção. Cada selo de controle possui normas e metodologias próprias para avaliação.
Segundo levantamento do Sistema B, a demanda por certificações aumentou 23% globalmente ano passado. Elas espalham-se por mais de 70 países e atuam em diversas frentes. Eduardo Molena, auditor líder nas normas ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001e ISO 37001, afirma que um selo atesta o compromisso da empresa e, consequentemente, pode valorizar sua imagem e agregar mais valor ao seu produto. Devido à competitividade do mercado, muitos consumidores valorizam a certificação na hora da compra.
“As certificações indicam que a empresa adotou um padrão de comportamento, a partir da adoção, por exemplo, de uma linguagem simples, objetiva e direta sobre questões de atendimento ao cliente”, exemplifica Molena, acrescentando que empresas da construção civil geralmente optam pelo ISO 9001 e pelo ISO 14001.
Ele ressalta que os selos de qualidade abrem portas, uma vez que o mercado passa a olhar a empresa com outros olhos. As certificações, conforme o auditor, tornaram-se exigências contratuais em muitos casos, bem como para a participação em licitações estatais.
“No entanto, uma empresa pode perder uma certificação caso não cumpra com as exigências contratuais com a certificadora, não realizando, por exemplo, as auditorias determinadas no contrato ou não corrigindo possíveis desvios apontados dentro dos prazos estipulados”, explica Eduardo Molena.
No Maranhão, empresas da área da construção civil como a Granorte conquistaram selos importantes.
“Nós temos o ISO 9001 e o ISO 14001, ambos conquistados em 2018. O processo começou a ser implantado no final de 2016, com o treinamento das equipes, adequação de procedimentos operacionais e métricas de controle, sob supervisão de uma coordenadora. Em 2018, contratamos uma consultoria especializada para conclusão e revisão do processo. Em novembro daquele mesmo ano, recebemos as certificações”, informa a superintendente técnica de produção da Granorte, Ana Paula Vieira.
Conforme Ana Paula Vieira, as certificações tornaram a Granorte mais competitiva no mercado e aumentaram a visibilidade da empresa, que passou a figurar como modelo na área de exploração, beneficiamento e comercialização de material britado. Agora, estuda a implementação das certificações ISO 45001, voltada para a área de segurança, ISO 37301 (complience), ISO 37001(antissuborno) e ISO 17025 (laboratório).
De acordo com Marynalda Ferreira, coordenadora administrativa da Granorte, a empresa é, atualmente, a segunda pedreira certificada nas duas normas no Brasil (ISO 9001 e ISO 14001), o que é motivo de orgulho para seus colaboradores. O ISO 14001, por exemplo, diz respeito às normas do meio ambiente e os princípios que uma empresa deve ter para operar um sistema de gestão ambiental. As ações são tomadas com o objetivo de reduzir os impactos no meio ambiente, a partir da adoção de uma postura sustentável.
No caso de setores de edificação, por exemplo, essa norma deve estabelecer demandas de desenvolvimento sustentável nas obras já terminadas e as que estejam em processo de construção. Dessa forma, é pensado formas de diminuir o uso dos recursos naturais em todo o processo de edificação.
“Implantar o sistema de gestão integrado na Granorte não foi tarefa fácil. No entanto, conquistar o certificado foi muito gratificante e importante. O primeiro passo foi a criação dos procedimentos internos. Depois, implementar esses procedimentos internos e gerenciá-los, iniciando um novo modelo de gestão e mudança na rotina. Com a conquista das certificações ISO 9001 e 14001, a empresa deu um grande passo. Hoje, tudo é disseminado de maneira mais clara, principalmente o foco no cliente e compromisso com a preservação ambiental”, frisa Marynalda Ferreira.
Selo verde
Em sendo um dos setores mais importantes para a economia do país, a construção civil busca se aperfeiçoar e trabalhar de forma mais eficaz e com maior qualidade. Assim, é cada vez maior a procura pelo selo verde nessa área. O objetivo é atestar se um empreendimento segue os preceitos de sustentabilidade.
O cenário atual aponta para a união dos interesses econômicos e ambientais e, por isso, também cresce a procura pela certificação. Enquanto os custos operacionais de construção são maiores, a valorização na revenda do imóvel também cresce. Assim, todos saem ganhando: a construtora, o usuário e o meio ambiente.
O selo verde é uma certificação que destaca a responsabilidade ambiental das empresas em executar suas atividades com o menor impacto para o meio ambiente. As empresas que possuem esse selo adotam as melhores técnicas construtivas para o meio ambiente e para a redução do consumo dos recursos naturais.
Em cada estado brasileiro, o Instituto do Meio Ambiente analisa o atendimento aos critérios e concede a certificação. Mas o selo também pode ser concedido por outros órgãos governamentais, como Ministério de Minas e Energia, ou, ainda, por organismos internacionais.
Não há apenas um selo verde. Trata-se da denominação para as diversas certificações existentes que atestam a responsabilidade ambiental das empresas do setor da construção civil.
O que são certificados?
São documentos, emitidos por entidades específicas, preferencialmente as publicamente reconhecidas, que atestam determinado produto, serviço, atividade ou sistema que está sendo produzido, fornecido, implantado ou mantido de acordo com os requisitos de um padrão específico. Esse padrão pode ser setorial, nacional, regional ou internacional.
Por exemplo, uma determinada empresa receberá do organismo avaliador o certificado ISSO 9001apenas se, após o processo de verificação, o organismo apresentar evidências objetivas de que o Sistema de Gestão da Qualidade implementado pela empresa está em conformidade com todos os requisitos da norma NBR ISO 9001.