Cenário se desdobra em uma agenda doméstica, onde iniciativas sinalizam articulação entre público e privado
A COP30 marcou um momento decisivo para o setor da construção, especialmente no que se refere à redução de emissões e à adoção de práticas sustentáveis. É que o segmento de edificações representa cerca de 34% das emissões globais de CO2, o que o coloca como um dos vetores mais relevantes da transição climática. A constatação é da World Green Building Council.
No Brasil, esse cenário se desdobra em uma agenda doméstica, onde iniciativas como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção e a Coalizão pela Habitação Net-Zero 2050 sinalizam articulação entre público e privado para descarbonizar a cadeia habitacional nos próximos 25 anos.
Para a Indústria da Construção Civil, a COP30 traz uma nova lógica: da negociação para a implementação. O foco, conforme destaca a United Nations Environment Programme, é transformar compromissos em entregas. Isto porque o setor, com suas tecnologias, processos e cadeias produtivas, está no centro dessa transformação.
Já se observa no país que a média de emissões de edifícios está em torno de 220 kgCO2e/m², o que demonstra avanços importantes, frente a metas de países desenvolvidos, ainda que haja um grande desafio para ampliar o uso de tecnologias de baixo carbono em escala nacional.
A convergência entre a agenda da COP30 e o setor da construção abre oportunidades para inovação tecnológica, reformas de processos e novas políticas públicas que poderão redefinir a forma como construímos, habitamos e regeneramos as cidades para o futuro.
Debates públicos e privados
Aliás, com a proximidade do final do ano, o futuro da Indústria da Construção Civil volta à pauta central em diversos fóruns de debate, públicos e privados. É que o setor construtivo tem se confirmado como grande gerador de emprego e renda, sendo ainda ferramenta indispensável para o combate ao déficit habitacional por todo o país.
Os resultados têm sido comemorados diante do sucesso alcançado a partir da interação transparente entre a indústria e o poder público, no sentido de fomentar e tirar do papel políticas habitacionais. O futuro do setor, especialmente o da Indústria Imobiliária, passa indubitavelmente pela habitação de interesse social.
